Um adolescente de 19 anos suspeito de atirar em um colega na manhã desta quinta-feira (4), dentro de uma escola, em Santa Luzia, na Região Metropolitana, sofria bullying, de acordo com a Polícia Militar (PM). Ele disparou cinco vezes. Um dos tiros acabou acertando outro aluno que nada tinha a ver com o desentendimento. O crime aconteceu dentro da Escola Estadual Ephigênia de Jesus Werneck, no bairro Dona Rosarinha.
"Ele atingiu o adolescente autor do bullying e atingiu outro adolescente também na região abdominal”, disse que o tenente Rodrigo Lima Ferreira, da Polícia Militar (PM). O militar explicou que o suspeito de atirar vinha sofrendo agressões. "Ele é portador de necessidades especiais. Ele estava sofrendo aí agressões e o pessoal também chamando ele, na escola, de gordo”, afirmou. Segundo a PM, a arma pertence a um policial, que é tio do adolescente de 19 anos, e foi usada de forma escondida. O rapaz foi preso em casa e, conforme a polícia, assumiu o crime. Um revolvér calibre 38 foi apreendido.
A Secretaria de Estado de Educação disse que as vítimas têm 16 anos e são matriculadas no 9º ano do Ensino Fundamental. Elas foram atingidas em um dos corredores da escola, durante a entrada de turno. O suspeito de atirar também é aluno do mesmo local e está regular no 1º ano do Ensino Médio.
Um estudante foi baleado na barriga e o outro no ombro e na orelha. O último seria o alvo dos disparos, segundo a PM. De acordo com parentes, eles foram levados para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte. Antes receberam atendimento em unidades de saúde de Santa Luzia e, segundo médicos, não correm risco de morrer.
O pai do adolescente que seria o alvo dos tiros nega que ele tenha praticado bullying.
A escola fechou as portas pela manhã. A secretaria informou que tanto o suspeito quanto as vítimas têm bom comportamento e não havia registros de incidentes entre eles, mas que uma vizinha do adolescente de 19 anos havia procurado a direção para dizer que ele era vítima de bullying. Um representante da escola e outro da Superintendência Regional de Ensino acompanham o caso e dão apoio aos parentes dos envolvidos.
Segundo a Secretaria Estadual de Educação, as aulas estão mantidas na parte da tarde. O órgão informou, ainda, que quando há casos de bullying nas escolas, os envolvidos e os pais são chamados para resolver o problema, juntamente com a direção do estabelecimento.
Reprodução Cidade News Itaú
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