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domingo, julho 07, 2013

Incêndio destrói parte de prédio histórico do Mercado Público de Porto Alegre

Um incêndio que se iniciou por volta de 20h30 atingiu na noite deste sábado (6) pelo menos três das quatro fachadas do tradicional Mercado Público de Porto Alegre, construído em 1869 e que abriga bares, restaurantes e bancas comerciais. 

As chamas se alastraram a partir do segundo piso do prédio histórico, em frente à estação do trem metropolitano, no centro da cidade. A estimativa dos bombeiros é de que pelo menos 50% do prédio histórico tenha sido consumido pelas chamas. O andar térreo do Mercado não foi atingido.

O fogo foi controlado por volta de 22h30, mas focos de incêndio ainda foram combatidos pelos bombeiros até pelo menos 0h30. Não há relato de vítimas, já que a maioria das lojas estava fechada quando o fogo começou.

O Corpo de Bombeiros deslocou 15 viaturas para combater o incêndio. Unidades de Canoas, Charqueadas e Eldorado do Sul também prestaram apoio. Cerca de 30 minutos depois do começo do fogo, boa parte do segundo andar já havia sido consumida pelas chamas.

Lojas e restaurantes tiveram perda total
O prédio ocupa um quarteirão inteiro no centro de Porto Alegre, ao lado da prefeitura, e emprega cerca de 2 mil pessoas. Bombeiros estimam que 90% do segundo andar e 30% de todo prédio foram destruídos.

  • Lucas Azevedo/UOL
    Mais de 150 animais que estavam nas lojas, entre aves e roedores, foram salvos do fogo
Segundo o comando a corporação, a existência de muito material inflamável nas lojas facilitou a propagação das chamas. Também não há um sistema interno de proteção contra incêndio.

A fachada do mercado está aparentemente intacta. Porém, o telhado foi seriamente avariado. Lojas e restaurantes do segundo piso, especialmente os localizados de frente para a avenida Júlio de Castilhos, tiveram perda total.

Uma agropecuária na parte térrea, de frente para a avenida Borges de Medeiros, não chegou a ser atingida pelas chamas. 

O proprietário da loja chegou a tempo de evacuar do local cerca de 155 animais, entre aves e roedores,  que, provavelmente, não resistiriam ao calor e à fumaça tóxica.

Foram registradas várias explosões dentro do edifício, provavelmente provocadas por botijões de gás. 

Ruas e avenidas são bloqueadas; estação de trem é fechada
As avenidas Júlio de Castilhos e a Siqueira Campos foram bloqueadas pela Empresa Pública de Trânsito e Circulação (EPTC), assim como o Largo Glênio Peres, para o trabalho dos bombeiros. O Mercado Público estava fechado ao público desde as 19h.

A estação do trem que se localiza em frente à fachada oeste do Mercado foi fechada e o serviço, interrompido.

A fumaça tóxica produzida pelo incêndio atingiu várias áreas da cidade, chegando inclusive à zona sul --distante mais de 10 quilômetros do centro.

Mangueiras estouram e hidrantes não funcionam, dizem bombeiros
Apesar de o incêndio ter sido controlado, bombeiros reclamam da precariedade do material de combate ao fogo. 

Segundo integrantes da corporação, mangueiras estouraram, hidrantes não funcionaram e a quantidade de máscaras usadas contra a fumaça tóxica é insuficiente. Caminhões pipa foram utilizados para controlar o incêndio.

"Imagina se esse incêndio tivesse ocorrido em um dia de semana", questionou um soldado, numa referência ao fato de o prédio estar localizado no centro, em uma das áreas mais movimentadas da cidade.

Testemunhas também relataram que os bombeiros demoraram quase 30 minutos para acionar as escadas de combate a incêndios para controlar o fogo no segundo andar. 

O secretário de Segurança do Estado, Airton Michels, negou que tivesse faltado água para combater o incêndio e que o efetivo de bombeiros fosse insuficiente. Segundo ele, os bombeiros demoraram quatro minutos para chegar ao local.

"O combate rápido e eficiente conseguiu preservar grande parte da estrutura. O trabalho dos bombeiros foi muito bom, exemplar. A resposta foi adequada", disse Michel.

Prefeitura fará vistoria neste domingo
O secretário adiantou que uma perícia será feita neste domingo (7) para apurar as causas do incêndio. A Guarda Municipal reforçou a segurança no local para evitar saques.

A prefeitura confirmou que uma vistoria será feita no local a partir das 9h deste domingo (7).

O secretário de Indústria e Comércio de Porto Alegre, Humberto Goulart, disse que o plano de proteção e combate a incêndio (PPCI) do prédio estava em dia. Os extintores também estavam regulares, como informou Goulart.

Reprodução Cidade News Itaú

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