O Equador perdeu na última segunda-feira o terceiro maior artilheiro da história de sua seleção nacional de futebol. O jogador Christian Benítez, que morreu no Qatar aos 27 anos, deixou um legado de 24 gols pela equipe que representava o país – um a mais do que o ídolo Álex Aguinaga. Mas também deixou um enorme mistério sobre a origem de seu apelido.
Benítez era conhecido como “Chucho”, expressão que pode ser usada em vários sentidos. O mais comum é a palavra funcionar como “cachorro vira-lata”, o que também permite uma série de interpretações.
Há várias explicações para o apelido. Uma delas é que “Chucho” vem de uma entrevista concedida por Benítez sobre o pai, que havia abandonado a família anos antes. O atacante teria dito que preferia se parecer com um cachorro que com o progenitor.
Muitas pessoas chegaram a dar como certo que “Chucho” era uma adaptação do nome do jogador, que seria “Christian Jesus” ou “Jesus Christian”. No entanto, ele se chamava Christian Rogelio Benítez Betancourt.
Outra versão para o apelido é que “Chucho” pode ser usado como filhote. O pai de Benítez, Ermen, também foi atacante e era conhecido como “Leopardo”. O jogador morto na segunda-feira, portanto, era o sucessor do felino.
A comparação com o passado esportivo do pai ainda motivou uma versão mais maldosa para o apelido de Benítez. Ele seria chamado de “Chucho” porque, perto do desempenho do leopardo, não passava de um vira-lata.
Nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010, que foi disputada na África do Sul, Christian Benítez chegou a ser muito criticado pelo excesso de gols perdidos. O Equador não conseguiu se classificar para o torneio.
Depois da Copa, Benítez conseguiu se firmar como titular da seleção equatoriana. Ele anotou quatro gols nas Eliminatórias para 2014.
No total, Christian Benítez acumulou 24 gols na seleção equatoriana. Ele é o terceiro maior artilheiro da história do país, atrás de Agustín Delgado (31) e Eduardo Hurtado (26), com um gol a mais do que Álex Aguinaga, ídolo da equipe nacional, que se aposentou em 2004.
“Ainda estou sem conseguir assimilar a notícia. Foi um golpe muito duro para todo o nosso país. Sempre no meu coração, irmão”, escreveu o jogador equatoriano Felipe Caicedo na rede social Twitter. “Essa dor é muito forte”, completou Antonio Valencia, outro titular da equipe nacional do país, também em post no serviço de microblogs.
Christian Benítez foi artilheiro de quatro edições do Campeonato Mexicano de futebol. Ele foi eleito em duas temporadas o melhor jogador do torneio, prêmio que o atacante já havia conquistado no Equador em 2006.
Reprodução Cidade News Itaú
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