O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou nesta quarta-feira (3) o desligamento, a partir desta quinta (4), das 34 usinas termelétricas movidas a diesel e óleo, que são as mais caras, em operação no país.
De acordo com o ministro, a decisão, tomada pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), vai representar economia mensal de R$ 1,4 bilhão, eliminando cerca de 2/3 do atual custo com operação de térmicas no país.
“As chuvas vieram na medida de nossas expectativas. Os reservatórios estão cheios e, com exceção [das represas] do Nordeste, os reservatórios estão muito bem”, disse Lobão. Antes do anúncio desta quarta, o governo já havia desligado outras térmicas movidas a óleo.
O ministro informou que as 34 térmicas que vão ser desligadas têm capacidade de gerar 3.800 MW, mais de um 1/4 de toda a energia termelétrica que vinha sendo produzida no Brasil desde o ano passado (14 mil MW) devido à queda no nível de reservatórios de hidrelétricas.
A opção do governo de desligar primeiro as usinas movidas a óleo se deve ao custo alto com compra do combustível. Segundo o ministro, pelo menos por enquanto, o governo vai manter ligadas centenas de outras térmicas, movidas a gás, biomassa e carvão, cujo custo de operação é mais barato.
Impacto na conta de luz
A decisão do governo de acionar todas as térmicas no ano passado encareceu a energia produzida no país e, consequentemente, a conta de luz paga pelos brasileiros. Com o desligamento de 39 térmicas a óleo (34 agora e 5 antes), os consumidores terão um alívio no bolso, de acordo com o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino.
De acordo com ele, porém, o barateamento da tarifa de energia, para os consumidores, só virá com as próximas revisões tarifárias das distribuidoras de energia. As revisões ocorrem uma vez ao ano, em época diferente para cada distribuidora. Isso quer dizer que, para clientes daquelas empresas que já passaram pelo processo em 2013, o repasse do desligamento das térmicas só virá em 2014.
Reprodução Cidade News Itaú
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