O presidente francês, François Hollande, telefonou no dia 12 de julho a seu colega boliviano, Evo Morales, para lhe explicar que lamenta profundamente o incidente que o impediu de sobrevoar em seu espaço aéreo, informou oficialmente o governo da França neste domingo.
"O presidente Hollande telefonou ao presidente Evo Morales, que estava em Montevidéu (na reunião do Mercosul), para dizer a ele que a França nunca teve a menor intenção negativa com a Bolívia e menos ainda com a pessoa de seu presidente", disse o embaixador francês na Bolívia, Michel Pinard, dias atrás em discurso, segundo registro de áudio entregue à agência de notícias AFP pela embaixada francesa.
No começo de julho, em seu retorno da Rússia, quatro países europeus (França, Itália, Espanha e Portugal) fecharam seus espaços aéreos ao avião de Evo Morales, por causa de rumores de que o ex-funcionário da inteligência norte-americana, Edward Snowden, estaria a bordo.
Entenda o caso
Edward Snowden, 29, está fugindo das autoridades norte-americanas desde o final de maio, depois de expor os principais programas de vigilância secretos desenvolvidos pela Agência de Segurança Nacional (NSA). O governo russo confirma que ele esteja na zona de trânsito do aeroporto de Sheremetievo, em Moscou, de onde não consegue sair, já que os EUA revogaram seu passaporte e pressionam para que ele seja entregue às autoridades norte-americanas.
O avião de Morales ficou parado em Viena após França, Espanha, Itália e Portugal negarem que a aeronave sobrevoasse seus territórios sob a suspeita de que ele levaria Snowden.
Reprodução Cidade News Itaú
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