A família de Amarildo de Souza afirmou, na noite desta terça (30), que o corpo encontrado na localidade do Valão, na Rocinha, não é do pedreiro, desaparecido desde 14 de julho. A informação foi passada ao G1 pela sobrinha de Amarildo, Érica Cristina Dias, que informou que o corpo era de uma mulher. Agentes da Divisão de Homicídios foram local para realizar a perícia.
De acordo com o delegado da 15ª DP (Gávea), Orlando Zacone, nesta quarta-feira (31), será coletado material genético (DNA) de um dos filhos de Amarildo de Souza. O material será utilizado para confrontar com marcas de sangue encontradas por peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) no banco de trás de uma das viaturas da Unidade de Polícia (UPP) da Rocinha. A coleta será feita no Instituto de Pesquisa e Perícias em Genética Forense da Academia de Polícia Civil.
DH vai assumir investigação
De acordo com o delegado titular da 15ª DP (Gávea), Orlando Zaccone, as investigações estão em andamento. Os policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, familiares e vizinhos de Amarildo já prestaram depoimento no inquérito que será remetido para a Divisão de Homicídios (DH) nesta quarta-feira (31), quando completa 15 dias do registro do desaparecimento. O caso deve ficar a cargo do setor de Descoberta de Paradeiro da DH.
Segundo Zaccone, os GPS das viaturas estão sendo analisados e as câmeras de segurança da Rocinha foram encaminhadas à perícia. Ainda segundo o delegado, na quinta-feira (25), os agentes da delegacia estiveram na localidade conhecida como Alto da Dioneia, na comunidade, onde havia informações que Amarildo poderia ter sido enterrado, mas nada foi encontrado.
Ainda nesta terça, agentes da 15ª DP (Gávea) realizaram, buscas ao corpo do pedreiro em um depósito da Comlurb, no Caju, na Zona Portuária do Rio, mas nada foi encontrado.
Depoimentos
Em depoimento, os PMs da UPP declararam não ter contato com o pedreiro. A família de Amarildo, porém, contesta a versão e diz que os PMs conheciam o desaparecido.
Parentes de Amarildo declararam também que um deles estava presente na prisão em flagrante de um dos filhos do pedreiro.
Entenda o caso
Amarildo Souza Lima, conhecido como "Boi", sumiu logo depois de prestar depoimento a policiais da UPP no dia 14. Após vários protestos de moradores, que chegaram a fechar a Autoestrada Lagoa-Barra duas vezes, nos dias 17 e 19, e do início da investigação, a Polícia Militar informou o afastamento dos serviços operacionais de quatro PMs envolvidos no caso. Os afastados atuam na UPP da Rocinha e irão trabalhar administrativamente na Coordenadoria de Policia Pacificadora (CPP) até a conclusão do inquérito.
Reprodução Cidade News Itaú
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