Pelo menos 12 estudantes foram flagrados fraudando o vestibular do curso de medicina do Centro Universitário de Araraquara (Uniara), na manhã deste sábado (6), segundo a Polícia Militar. Eles usavam escutas para receber as respostas das questões da prova.
Segundo o inspetor da universidade Gil Dazio da Silva Rego, a prova começou por volta das 8h. Pouco antes de 12h um estudante foi flagrado após demonstrar nervosismo durante a prova. Ele usava uma peruca, onde escondia o ponto eletrônico. "Quando o fiscal se aproximou do rapaz e puxou seu cabelo, uma peruca se soltou, revelando todo o equipamento de escuta utilizado", disse.
Após a descoberta, os fiscais usaram detectores de metais para identificar fraude de candidatos em outras salas. A universidade informou o caso à Polícia Militar e 12 pessoas foram levadas ao Plantão Policial para prestar depoimento. Os responsáveis por transmitir as respostas ainda não foram localizados. Nenhum estudante flagrado quis comentar o assunto.
De acordo com o assessor jurídico da Uniara, Fernando Passos, apenas as provas dos 12 candidatos foram anuladas e os outros não serão prejudicados.
Os envolvidos responderão pelo crime de fraudes em certames de interesse público, cuja pena varia de um a quatro anos de prisão e multa. Foi estabelecida fiança de R$ 1,5 mil, mas a Polícia Civil não informou se os estudantes já pagaram.
Outras fraudes
O vestibular do curso de medicina da universidade já tinha sido alvo de quatro tentativas de fraudes em outubro de 2011. O esquema também favorecia candidatos por meio de pontos eletrônicos.
A universidade denunciou o esquema e, em uma operação da Polícia Federal realizada em 2012, 51 pessoas foram presas suspeitas de participação em fraudes em 38 universidades do país.
Durante o exame realizado em 2011, segundo a Uniara, quatro candidatos ao curso de medicina foram flagrados usando o ponto eletrônico, utilizado pela quadrilha para comunicar as respostas das questões aos estudantes. Segundo a Polícia Federal, o grupo cobrava R$ 60 mil pela prova.
A universidade adotou medidas para evitar novos crimes, impedindo que o estudante saia com o caderno de quesões antes das quatro horas de prova e usando identificação por meio de impressão digital.
Reprodução Cidade News Itaú
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