Uma epidemia de diarreia já afetou 60 mil pessoas e matou 37 delas nos últimos dois meses e meio, em Alagoas. A principal causa, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, é a contaminação da água oferecida à população, que enfrenta a pior estiagem dos últimos 50 anos.
Em 25 municípios, o número de casos supera a média histórica dos últimos dez anos. Outras 46 cidades têm risco de surto da doença. "Com certeza [a epidemia] está relacionada à qualidade da água", disse a superintendente de Vigilância em Saúde de Alagoas, Sandra Canuto.
A análise dos sistemas oficiais de abastecimento e das soluções alternativas, como poços, cisternas e cacimbas, foi intensificada. Em algumas dessas fontes de água foram encontradas bactérias e coliformes fecais acima do limite permitido, inclusive naquelas que servem à concessionária de água do Estado.
A água distribuída por carros-pipa também está sendo monitorada.
Segundo a superintendente, a Secretaria de Saúde já encontrou água contaminada sendo distribuída por carros da Defesa Civil do Estado.
Sandra disse não ter identificado contaminação na água oferecida pelo Exército.
MORTES
O município de Palmeira dos Índios (135 km de Maceió) é o que concentra o maior número de óbitos. Das 37 mortes registradas até o final da semana passada, dez aconteceram na cidade.
Mais de 40% das vítimas fatais no Estado foram crianças com menos de um ano de idade. Outros 40% foram idosos com mais de 60 anos.
A reportagem tentou contato com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, mas ninguém atendeu as ligações neste sábado.
Reprodução Cidade News Itaú
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