Dois empresários de 47 anos foram presos em flagrante na tarde dessa terça-feira (16), em São José do Rio Pardo (254 km de São Paulo), acusados de receptação de cargas roubadas e formação de quadrilha.
Policiais do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado) encontraram R$ 30 milhões em produtos de origem ilícita em um galpão da dupla, que atua no ramo de distribuição de hortifrútis.
Os suspeitos, cujos nomes não foram revelados, poderão pegar até 12 anos de prisão pelos crimes caso sejam condenados, segundo o delegado Alberto Pereira Matheus Junior, 49, da Delegacia de Repressão a Roubos de Carga.
As mercadorias, que vão de colchões, pneus e azeites a presunto importado, foram roubadas em caminhões que trafegavam nas rodovias Anhanguera, Bandeirantes e Washington Luiz, entre Campinas (93 km de São Paulo) e São José do Rio Preto (438 km de São Paulo).
De acordo com o delegado, parte dos produtos era colocada à venda em pontos comerciais nas regiões de São José do Rio Pardo e Campinas. Outra parte era "legalizada" com notas fiscais fraudulentas e comercializada na capital.
"Topo da pirâmide"
As investigações contra os dois suspeitos começaram em maio, após prisões de ladrões de carga. "Eles fazem parte do topo da pirâmide da organização criminosa. Eles compravam todo tipo de mercadoria e eram os principais fomentadores do crime", afirma o delegado.
As mercadorias encontradas no galpão dos empresários foram transportadas na manhã desta quarta-feira (17) em oito caminhões até São Paulo. Elas serão devolvidas aos donos. A dupla de acusados seguiu junto com a carga até a capital.
Para o delegado, a prisão dos suspeitos prejudica o esquema de roubo de cargas no interior de São Paulo porque os ladrões perderam um canal importante de receptação. "Esperamos que a Justiça mantenha essa dupla na cadeia", declarou Matheus Junior.
Reprodução Cidade News Itaú
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