Morreu na noite desta quinta-feira (11), no hospital de pronto-socorro João 23, a segunda vítima que caiu de um viaduto em Belo Horizonte durante as manifestações que ocorreram na capital mineira no mês de junho.
Luiz Felipe Aniceto de Almeida, 22, estava internado em estado grave na unidade hospitalar desde o dia 22 de junho último, quando caiu do viaduto José Alencar, situado nas proximidades do estádio do Mineirão, na Pampulha, onde ocorreram jogos da Copa das Confederações e embates entre manifestantes e a Polícia Militar mineira.
Ao todo, seis pessoas caíram desse mesmo viaduto em diferentes momentos dos protestos.
Almeida estava internado no CTI do hospital e respirava com a ajuda de aparelhos. A queda ocorreu no dia do jogo entre as seleções do Japão e do México pela Copa das Confederações. A morte dele foi confirmada pela Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
No dia do acidente, Almeida foi socorrido inicialmente no hospital Risoleta Neves, em Venda Nova, e depois, em decorrência da gravidade de seu estado, foi transferido para o João 23.
Nesta ocasião, a manifestação havia se iniciado de maneira pacífica, no centro da capital mineira, mas houve confronto entre manifestantes e a polícia quando um grupo que participava do protesto tentou furar um bloqueio montado pelos policiais, que buscava evitar a aproximação de pessoas da área de segurança delimitada no entorno do estádio.
Queda de viaduto já havia matado uma pessoa
No último dia 27 de junho, Douglas Henrique Oliveira, 21, também morreu no hospital João 23, após ter sofrido uma queda, no dia 26 do mesmo mês, do viaduto José Alencar.
Na ocasião, a região se transformou em um cenário de guerra, em razão do confronto entre manifestantes e a polícia durante o jogo entre Brasil e Uruguai, válido pela semifinal da Copa das Confederações.
Da mesma forma que no dia 22, a manifestação tinha começado de maneira pacífica na praça Sete de Setembro, no centro da cidade, mas quando a passeata alcançou a região do estádio do Mineirão, alguns manifestantes tentaram invadir o perímetro de segurança imposto pela polícia com a utilização de grades.
Ao serem rechaçados por bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral, eles começaram a depredar as lojas da região.
Segundo o comandante-geral da Polícia Militar de Minas Gerais, Márcio Sant'Ana, uma das causas para que as seis pessoas tenham caído desse viaduto, em decorrência das manifestações na cidade, é o fato de que ele foi construído para a passagem apenas de veículos e, não de pedestres.
Reprodução Cidade News Itaú
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