Duas das pessoas que foram detidas na manifestação desta sexta-feira (19) alegaram à polícia que foram pagas para depredar pontos de Vitória, conforme informou o chefe da Polícia Civil, delegado Joel Lyrio, nesta segunda-feira (22). Eles contaram que uma pessoa ofereceu uma quantia de R$ 10 a R$ 20 em troca do serviço, mas nenhum nome foi revelado. A polícia agora está investigando se a informação é verdadeira ou se foi passada apenas para desviar o rumo das apurações. Assista ao vídeo com cenas das depredações no Centro da cidade.
Centenas de pessoas foram às ruas na última sexta. Cerca de 300 pessoas saíram da frente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), em passeata às 7h30, em direção ao Palácio Anchieta. Os manifestantes cobravam o fim do pedágio da Terceira Ponte, a desmilitarização da polícia, a não criminalização dos movimentos sociais e o fim da corrupção. No Centro da capital, um grupo depredou o Palácio Anchieta, sede do governo; o Palácio da Fonte Grande, também do governo; a Secretaria de Estado da Fazenda; além de agências bancárias. Policiais militares precisaram agir com bombas de efeito moral. Nesse dia, 66 pessoas foram detidas, sendo mais de 40 levadas para presídios, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).
O delegado Joel Lyrio explicou que essas pessoas que afirmaram terem sido pagas para depredarem eram desempregadas e já foram liberadas. “No primeiro momento da investigação desse caso em particular, vamos saber se o que essas duas pessoas falaram é verdade ou mentira. Podem ter falado isso só para desviarem a investigação. Mas caso seja verídico, em um segundo momento vamos levantar a informação de quem foi que mandou que eles depredassem. Ainda é muito cedo para suspeitas”, disse.
Presos
O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJ-ES) determinou, no final da noite deste sábado (20), a soltura de 23 pessoas presas e 11 menores apreendidos durante o protesto da última sexta-feira (19), em Vitória. A decisão foi da Juíza de Direito Plantonista Viviane Brito Borille, que entendeu que em apenas dez casos houve algo próximo da descrição individualizada da conduta relatada nas ocorrências. Anteriormente a Polícia Civil havia informado que 48 pessoas permaneceriam presas. De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), os detidos que a juíza determinou a soltura já foram liberados dos presídios.
O delegado Joel Lyrio explicou que as prisões foram feitas com base em flagrantes feitos de diferentes formas. “Policiais militares que estavam no local identificaram algumas pessoas. Quem também foi encontrado com materiais como pedras e inflamáveis também foram detidas. Além disso, identificamos pessoas através de imagens de câmeras de videomonitoramento e daquelas veiculadas pela imprensa”, explicou.
Reprodução Cidade News Itaú
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