Corinthians | 0 | x | 1 | Atlético-MG |
O Atlético-MG foi com um time misto ao Pacaembu, mas as poucas estrelas escaladas serviram para surpreender e vencer o Corinthians por 1 a 0, diante de um público menos barulhento que de costume. Com uma assistência de Bernard e a segurança de Victor e Réver, o time visitante conteve a equipe comandada por Tite, que perde a chance de se aproximar do G4.
Com a derrota, o Corinthians segue com nove pontos, empacado no meio da tabela. Já o Atlético-MG, às voltas com a decisão da Copa Libertadores, agora tem dez e se afasta de vez da zona do rebaixamento. Agora, a equipe de Cuca terá tranquilidade para, no meio de semana, fazer o primeiro jogo da decisão contra o Olimpia.
A derrota é uma punição para as mais de 35 mil pessoas que foram ao Pacaembu e que, na verdade, também merecia um puxão de orelhas. Se compareceu em bom número, a torcida foi bem menos participativa do que costuma ser.
Durante todo o primeiro tempo, por exemplo, nada empolgou mais as arquibancadas do Pacaembu que os gols do Vitória, que jogava com o São Paulo a quilômetros de distância. Muito do silêncio se devia à ausência de algumas das principais torcidas organizadas do clube, como a Gaviões da Fiel, proibida de entrar com bandeiras e bateria no estádio por um incidente no Campeonato Paulista.
Em campo, o time fazia por merecer um apoio maior do público, mesmo sem ter sido brilhante. Ibson e Romarinho, inspirados, comandaram um Corinthians que se insinuou ao time reserva do Atlético-MG e levou perigo diversas vezes ao gol de Victor.
Só Romarinho perdeu duas oportunidades cara a cara, Ralf assustou em um belo chute e até Pato, em uma jornada especialmente ruim, levou algum perigo em uma finalização de esquerda. A má pontaria do Corinthians custaria caro.
No ataque, o Atlético-MG apostou em quatro atacantes (Guilherme, Neto Berola, Bernard e Alecsandro) e muita velocidade. Nos contra-ataques, um deles buscava as costas dos laterais e sempre dava trabalho para Gil e Paulo André, que mais de uma vez ficaram para trás com dribles desconcertantes.
Aos 35 minutos, a estratégia deu certo. Bernard recebeu uma bola na esquerda e foi até a linha de fundo, com Edenílson apenas observando de longe. O cruzamento à meia altura saiu e, no meio da área, pegou Paulo André desprevenido. Rosinei, atento, antecipou o zagueiro, tocou para o gol e abriu o placar.
Foi um baque para o Corinthians que, apesar do jogo estar aberto, consegui ter certo domínio do confronto. Em desvantagem, a equipe de Tite teve de se expor mais e passou a encontrar um Atlético-MG mais prevenido.
Foi esse o cenário de praticamente todo o segundo tempo. O Corinthians, com menos domínio territorial, mexia no posicionamento do seu trio ofensivo e tentava surpreender o Atlético-MG, sem sucesso. Os visitantes, por sua vez, marcavam lugar na defesa e só chegavam ao ataque na boa, aproveitando eventuais lapsos rivais.
Com o jogo em banho-maria, o juiz Wilton Pereira Sampaio virou o alvo principal dos donos da casa, na arquibancada e em campo. Mesmo sem ter cometido nenhum erro capital, ele irritou os corintianos com marcações de menor importância, mas ainda assim polêmicas, como algumas faltas e impedimentos corriqueiros.
O público presente no Pacaembu não perdoou e os jogadores pareceram entrar na pilha da torcida. Até os 30 minutos, após quase todos os apitos era possível ver um corintiano erguendo os braços e chiando por uma marcação de Sampaio, que seguiu impávido.
Foi quando a torcida acordou de verdade e puxou seus primeiros gritos de guerra que o Corinthians chegou mais no ataque, especialmente com Paulo Victor e Romarinho. Nada deu grande resultado.
No fim, a segurança de Victor nas poucas vezes em que foi exigido e a eficiência de Bernard no ataque garantiram os três pontos ao Atlético-MG, que vai tranquilo para o primeiro jogo da decisão no Paraguai. Para o Corinthians, fica o alerta para quarta-feira, quando o time decide a Recopa no Pacaembu, contra o São Paulo.
Reprodução Cidade News Itaú
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