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segunda-feira, julho 15, 2013

Acordo secreto entre Maracanã e Flamengo sugere que consórcio fez o Fluminense de bobo

Na sexta-feira, eu publiquei aqui o post “Torcida do Flamengo, que bancou o Maracanã, fará papel de trouxa se o clube for barrado”.

Logo soubemos, no blog do Rodrigo Mattos, que o rubro-negro e o consórcio Maracanã fecharam um acordo para o uso do estádio até o fim do ano. O time volta ao Maraca no dia 28, no clássico contra o Botafogo.

Estranhamente, os termos do contrato foram mantidos em sigilo.

O colunista Renato Maurício Prado divulgou que o Flamengo terá direito a compartilhar toda a renda com o consórcio encabeçado pela Odebrecht: 50% para cada um.

O colega Mauro Cezar Pereira condenou o segredo sobre o contrato, em um artigo certeiro. “A ‘Nação’ merece uma bela explicação”, cobrou.

Como já havia sido anunciado com pompa, o Fluminense acertou um compromisso de 35 anos com os gestores do Maracanã. A agremiação terá direito à renda de 43 mil cadeiras atrás dos gols. Mais baratos, esses bilhetes correspondem a menos da metade da renda.

Ou seja, o Flu aceitou valores abaixo dos arrancados pelo Fla. O mais curioso é que a longevidade do acordo exigiria condições melhores, assim funciona o mercado. Ocorreu o contrário.

As cláusulas confidenciais podem conter determinações nefastas ao Flamengo, por isso permanecem escondidas.

Mas também podem garantir vantagens ainda maiores, na comparação com o Fluminense.

É um escândalo um concessionário do Estado não revelar os termos da exploração do bem público.

Trata-se de direito do torcedor do Flamengo saber o que decidiram. Se o clube não tiver direito à arrecadação com certos assentos, os rubro-negros podem preferir lugares que beneficiem os cofres de sua equipe.

De tudo o que se sabe até agora, parece que quem se deu mesmo mal foi o Fluminense, topando o que o consórcio propôs.

O Flamengo bateu pé, aparentando ter se dado melhor.

Assim que se jogar luz no contrato nebuloso, será possível saber com certeza quem levou a pior.

Reprodução Cidade News Itaú

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