A queda de um homem de um viaduto durante o protesto desta quarta-feira (26), em Belo Horizonte, foi gravada pelo técnico de segurança do trabalho Diego Horsth, de 29 anos, que participava da manifestação. Aos 8 segundos do vídeo, ao fundo, é possível ver a queda no espaço entre as pistas.
Horsth disse que não conseguiu ver como o homem caiu. “O resgate com os equipamentos demorou uns 10 a 15 minutos. Os paramédicos chegaram rápido e fizeram os primeiros socorros. Depois vieram os brigadistas. O pessoal fez um cordão de isolamento e estava pegando madeirite para pegar o cara”, falou.
A queda foi de uma altura de aproximadamente quatro metros. “Eu nem vi que tinha filmado a queda. O pessoal estava gritando por médicos. Esperei um pouco, desliguei a câmera e fui para o cordão de isolamento para a chegada dos bombeiros. Ele caiu muito rente ao viaduto”, disse. Horsth afirma que, após o acidente, continuou participanto do protesto e, somente tempo depois, parou para ver os vídeos feitos por ele com o celular.
Nesta quarta-feira (26), duas pessoas caíram do Viaduto José de Alencar, no encontro das avenidas Antônio Carlos com Abrahão Caram, na Região da Pampulha, durante a manifestação. Um jovem de 21 anos, que participava do ato, morreu após sofrer a queda. Outra pessoa ficou ferida também ao cair desse local. O vídeo não identifica a pessoa que caiu.
O técnico de segurança explicou que trabalha de forma autônoma e estava na manifestação por conta própria. "Não sou ligado a nenhum grupo. A gente está tentando lutar por melhorias para todos. A grande maioria está para protestar pacificamente para serem ouvidos. Tem a parte mais violenta. Nenhuma revolução também é feita só com flores. Não apoio, mas acho que são necessários. Mas do jeito que está passou um pouco dos limites”, falou.
Ele acrescentou ainda que em todo o momento as lideranças do movimento pediam para que as pessoas não passassem pelos viadutos. “Mesmo depois da queda, as pessoas continuaram passando pelo viaduto”, explicou.
Manifestação
Mais de 50 mil pessoas fizeram uma manifestação pacífica em Belo Horizonte durante a tarde desta quarta-feira (26). Mas o protesto terminou com depredação, saques e mesmo incêndio de lojas. As ações foram cometidas por um grupo radical. Até às 21h, a Polícia Militar confirmou 25 detidos suspeitos de vandalismo e outros crimes. Os arruaceiros atiravam pedras e explosivos caseiros contra os militares. O confronto começou na Avenida Abrahão Caram, na Região da Pampulha, no entorno do Mineirão, onde Brasil e Uruguai disputavam a semifinal da Copa das Confederações.
A manifestação se concentrou no início da tarde na Praça Sete, no Centro da capital, com muitas pessoas levando cartazes e faixas com pedidos de melhorias. No trajeto, a recomendação era a de respeitar o bloqueio da PM e não tentar chegar ao estádio.
Durante a manifestação, ao menos 18 pessoas ficaram feridas, segundo balanço preliminar. Sete foram levadas para o Hospital Risoleta Tolentino Neves, nenhum deles em estado grave. Eles tiveram escoriações, dor de cabeça e possíveis fraturas. Um jovem de 24 anos teve o olho esquerdo ferido por um objeto não identificado. Outras três pessoas foram encaminhadas ao Hospital Pronto-Socorro João XXIII, entre eles o jovem morto e outro homem que também caiu do viaduto. Em outros protestos também houve quedas.
Outros dois foram para Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da região. Seis receberam os primeiros socorros e liberados em seguida.
Reprodução Cidade News Itaú
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