O representante legal do abatedouro de aves que pegou fogo na China, levando à morte 120 pessoas, foi preso nesta terça-feira (4) e os recursos da empresa foram congelados, disse à AFP o departamento de propaganda oficial de Changchun, capital da província de Jilin, onde está localizada a empresa.
O fogo começou no abatedouro Baoyuanfeng quando havia cerca de 300 pessoas trabalhando, e deixou pelo menos 70 feridos, segundo a Xinhua, a agência de notícias oficial.
Com 120 mortos, de acordo com o último relatório, o fogo é mais grave nos últimos 12 anos na China, informou a mídia local. A suspeita inicial de curto-circuito não se confirmou, e agora investiga-se uma possível explosão, provocada por amônia, como causa do incêndio.
Protestos
Parentes das vítimas protestaram nesta terça-feira, cobrando justiça, segundo a Reuters. Eles bloquearam o tráfego em uma estrada de Dehui, província onde houve o incêndio, e entraram em confronto com a polícia.
Zhao Zhenchun, que perdeu a mulher e a irmã no incêndio, considera que um 'erro humano' foi a causa para o alto número de mortos. "Eu não acho que a segurança estava sendo gerida de forma adequada. Isso nunca deve acontecer novamente. Eles pagaram o preço com seu sangue. Então, muitos desses grandes desastres na China são causados por uma supervisão frouxa", disse ele à Reuters.
O registro de segurança do trabalho na segunda maior economia do mundo é pobre. Saídas de incêndio em fábricas muitas vezes são bloqueadas para evitar que os trabalhadores tirem um tempo livre ou saiam roubando coisas. As regras existentes são facilmente contornadas com suborno a funcionários corruptos, apontou a Reuters.
Reprodução Cidade News Itaú
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!