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domingo, junho 23, 2013

Polícia vai pedir reprodução simulada de assassinato de advogado em Natal

Advogado Antônio Carlos foi morto a tiros em Natal (Foto: Arquivo/Tribuna do Norte)
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte vai solicitar a realização de uma reprodução simulada para esclarecer dúvidas sobre a morte do advogado Antônio Carlos de Souza Olievira, assassinado no dia 9 de maio dentro do banheiro de um bar no bairro Nazaré, em Natal. A reconstituição do crime faz parte da segunda fase do inquérito policial que vem sendo conduzido pelos delegados Raimundo Rolim e Roberto Andrade.

Até agora quatro homens foram presos por suspeita de participação no crime. "Nesse momento a polícia pensa em fazer reconstituição pois ainda há conflito entre as versões dos suspeitos", explica Roberto Andrade, delegado adjunto da Delegacia de Homicídios (Dehom). A última prisão ocorreu na sexta-feira (23), quando um sargento da Polícia Militar foi detido suspeito de ser o "intermediário" na morte do advogado.

De acordo com o delegado Raimundo Rolim, o PM é considera "autor intelectual do crime". Os envolvidos relataram ao delegado que o sargento teria vendido um revólver calibre 38 Expedito José dos Santos, suspeito de ser o mandante do crime. A arma é a mesma usada por Lucas Daniel André da Silva, mais conhecido como 'Luquinha', para matar o advogado. Além disso, Rolim informa que o indicou três locais freqüentados por Antônio Carlos de Souza Oliveira. Entre os lugares está o Binos Bar, onde o advogado foi morto.

Já o suspeito Marcos Antônio de Melo Pontes, conhecido como 'Irmão Marcos', foi considerado peça chave para  a elucidação dos fatos e contextualização do crime, segundo o delegado Raimundo Rolim. Irmão Marcos ratificou as versões Expedito e Luquinha, que confesssaram ter participação na morte do advogado. "Além de colaborar com a investigação, o depoimento acrescentou novos indícios", informa o delegado.

Preso na cidade de Ipanema, em Minas Gerais, o Irmão Marcos foi transferido para Natal na sexta-feira. As investigações terão prosseguimento com a análise de provas técnicas, avaliação de laudos periciais, a requisição da reprodução simulada e de uma perícia complementar no local do crime.

Investigação
O primeiro a confirmar a participação do pedreiro no crime foi o comerciante Expedido José dos Santos, preso no último dia 29. Expedito admitiu ser o dono do carro, mas continua negando ter qualquer envolvimento com a morte do advogado. Ele disse, em depoimento, que Irmão Marcos pegou seu carro emprestado e usou para dar fuga ao assassino. Ao G1, Expedito contou a mesma história e disse que ficou sabendo que seu automóvel havia sido usado num crime quando recebeu o carro de volta. Assustado, ele pegou a família e fugiu para Fortaleza, onde foi preso. No Ceará, ele também admite ter queimado o carro. Para a polícia, no entanto, o comerciante também estava no veículo e foi o mandante do homicídio – motivado, segundo a polícia, por vingança.
O segundo a confirmar a participação de Irmão Marcos no crime é um homem que confessa ser o próprio assassino. Lucas Daniel André da Silva, mais conhecido como 'Luquinha', foi apresentado na quinta-feira passada durante coletiva de imprensa. Ao G1, ele admitiu o crime e afirmou que matou o advogado a mando de Expedito para se vingar de Antônio Carlos, que teria mandado derrubar o muro de um terreno que o comerciante diz ter comprado em São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana da capital potiguar. Luquinha foi preso em um lava-jato no bairro Barro Vermelho.
Irmão Marcos foi preso no dia 9 de junho, em Minas Gerais. o último suspeito detido foi o sargento da PM, que se apresentou à Dehom nesta sexta após ser intimado.

Reprodução Cidade News Itaú

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