A SSP (Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) pediu a ajuda da população para ajudar a esclarecer o assassinato de Brayan Yanarico Capcha, 5, morto com um tiro na cabeça na madrugada desta sexta-feira (28), durante um assalto a uma residência, na região de São Mateus, zona leste de São Paulo.
De acordo com a SSP, qualquer informação sobre os suspeitos devem ser comunicadas pelo Dique Denúncia (181), com garantia de anonimato. Segundo a polícia, seis homens armados participaram da ação.
De acordo com um dos investigadores da delegacia ouvido pela Folha, há a suspeita de que a quadrilha seja composta por pessoas da região pois, dos seis criminosos que invadiram a casa, cinco estavam encapuzados.
O governador Geraldo Alckmin afirmou que a polícia "está toda empenhada para esclarecer rapidamente o caso". Já o secretario de Segurança Pública do Estado de SP, Fernando Grella, disse que o crime "é prioridade absoluta para nós, a exemplo dos latrocínios dos dentistas", e que "é um crime difícil, porque não havia câmeras, não havia elementos outros de informação. Então vai exigir muito trabalho de campo."
O caso
De acordo com a Polícia Civil, seis homens armados invadiram a casa por volta da 0h30, na rua Frutos de Maio, no bairro de Jardim Conquista, anunciaram o assalto e fizeram uma família de bolivianos refém. Havia entre oito e dez pessoas no local, incluindo crianças.
A mãe disse que o filho chorava e pedia para não morrer. "Ele gritava 'não me mate, não me mate, eu não quero morrer'. Mas os bandidos não entenderam. Ele estava nos meus braços quando foi morto."
Rendida e sob a mira de uma arma, a família chegou a entregar R$ 4.500, mas um dos criminosos, insatisfeito com o valor e alheio aos pedidos dos bolivianos, atirou na cabeça da criança antes de fugir, alegando que a quantia era "pouco dinheiro".
Ainda de acordo com a polícia, o assaltante também teria ficado irritado com o choro da criança.
O menor chegou a ser socorrido para o pronto-socorro do hospital São Mateus, mas morreu minutos depois de chegar à unidade de saúde.
Latrocínios crescem em São Paulo
O número de latrocínios registrados no Estado de São Paulo aumentou 13% nos primeiros cinco meses do ano em comparação com o mesmo período de 2012. Foram 153 casos registrados no ano passado, ante 173 em 2013. Os dados foram divulgados na terça-feira (25) pela Secretaria de Segurança Pública.
Dois casos de latrocínio chamaram a atenção nos últimos meses no Estado: dois dentistas foram queimados por criminosos que assaltaram seus consultórios. O primeiro caso aconteceu no dia 25 de abril, em São Bernardo do Campo (Grande SP).
A vítima, Cinthya Magaly Moutinho de Souza, 46, foi queimada depois que os assaltantes verificaram que havia apenas R$ 30 em sua conta bancária. A dentista morreu na hora.
Quase um mês depois, no dia 27 de maio, o dentista Alexandre Peçanha Gaddy, 41, foi queimado durante um suposto assalto a seu consultório em São José dos Campos (SP) e morreu oito dias depois. Ontem, a polícia prendeu dois suspeitos de terem participado do crime.
Reprodução Cidade News Itaú
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