quinta-feira, junho 06, 2013

Polícia apresenta cronologia de assassinato de advogado em Natal

Terreno em São Gonçalo foi motivo do desentendimento entre Antônio Carlos e Expedito (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte apresentou nesta quinta-feira (6) a cronologia do assassinato do advogado Antônio Carlos de Souza Oliveira, morto com tiros à queima-roupa no dia 9 de maio deste ano em um bar na zona Oeste de Natal. Segundo os delegados Roberto Andrade, Raimundo Rolim e Karla Viviane, que investigam o assassinato, o caso começou em fevereiro deste ano, após uma briga entre Antônio Carlos e o comerciante Expedito José dos Santos por um terreno em São Gonçalo do Amarante, município da Grande Natal.
Nesta quarta (5), a polícia prendeu o lavador de carros Lucas Daniel André da Silva, o 'Luquinha', que confessa ter matado Antônio Carlos a pedido de Expedito, que está preso por força de um mandado judicial desde a semana passada. A mulher de Expedito também está detida.
Segundo a cronologia apresentada pelos delegados, a discussão entre Antônio Carlos e Expedito começou em fevereiro passado. O advogado Antônio Carlos de Souza Oliveira adquire vários lotes das quadras 28 e 30, do loteamento Santa Luzia, município de São Gonçalo do Amarante. Nos meses seguintes (março e abril/2013) Antônio Carlos descobre que havia outra pessoa se dizendo proprietário dos mesmos lotes e resolve comparecer no local, onde passa a se desentender com pessoas que tomavam conta dos terrenos", diz o documento formulado pela comissão de delegados.
Dias depois, ainda de acordo com os delegados, Expedito contratou um pedreiro conhecido por Irmão Marcos para erguer um muro no terreno. Ao saber disso, Antônio Carlos levou amigos ao terreno e derrubou o muro. "No mesmo dia, o advogado recebeu um telefone do comerciante dizendo que ele iria pagar tijolo por tijolo pelo fato de ter derrubado o muro", disse o delegado Raimundo Rolim.

Doblò usada no crime foi incendiada no Ceará (Foto: Polícia Civil/Divulgação)Doblò usada no crime foi incendiada no Ceará
(Foto: Polícia Civil/Divulgação)
No dia 9 de maio, às 17h, Expedito foi até a casa de Lucas Daniel e, segundo os delegados, "definiu a participação de cada um na empreitada criminosa, isto é, emprestou o seu revólver, calibre 38, uma calça e camisa de cor preta e uma balaclava de cor preta para que 'Luquinha' executasse o advogado Antônio Carlos". O documento apresentado pelos delegados diz que que Expedito também participou do crime "para ter a certeza da execução".
No mesmo dia, por volta das 20h30, Antônio Carlos foi morto no banheiro do bar. O que facilitou o trabalho dos delegados foi o fato de as placas do Doblò usado no crime terem sido anotadas por testemunhas.
No dia 12 de maio, o veículo utilizado no assassinato "foi incendiado e parcialmente destruído na Serra dos Bastiões, no município cearense de Jaguaribe", diz o documento da polícia. Foi nesta mesma cidade que Expedito e a mulher dele foram presos no dia 28 de maio.
E nesta quarta (5), Lucas Daniel foi em um lava-jato na rua Olinto Meira, no Barro Vermelho, em Natal.
O relatório com a cronologia traz ainda fotos das roupas usadas por Lucas Daniel no dia do assassinato. A arma usada no crime ainda não foi localizada pela polícia.
Segundo os delegados Roberto Andrade, Raimundo Rolim e Karla Viviane, mesmo o caso estando elucidado, as investigações continuam para tentar levantar mais provas contra as pessoas já presas e para prender outros envolvidos. Os delegados confirmam que já há um mandado de prisão expedido pela Justiça potiguar contra um homem. Há possibilidade deles pedirem outros mandados de prisão.

Roupas usadas por Lucas Daniel no dia do crime também foram apreendidas pela polícia (Foto: Polícia Civil/Divulgação)

Reprodução Cidade News Itaú

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