O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta sexta-feira (21) que a Jornada Mundial da Juventude – evento católico que reunirá milhares de jovens de várias partes do mundo no Rio de Janeiro, em julho, com a presença do Papa – poderá ocorrer “num clima em que esteja ocorrendo manifestações”.
Carvalho fez a declaração durante a abertura de uma reunião entre a Presidência e organizadores da Jornada Mundial da Juventude, no Palácio do Planalto.
“Nós temos que ter clareza de que ela [jornada] pode ocorrer dentro de um clima - não vou dizer igual ao dos dias de hoje, porque a conjuntura evolui tão rapidamente que você não tem muito como profetizar, dizer se vai acontecer isso ou se vai acontecer aquilo, seria temerário - mas nós temos que estar preparados para jornada acontecer inclusive num clima em que esteja ocorrendo manifestações no país”, declarou.
Mais de 1,25 milhão de pessoas participaram dos protestos de quinta-feira em mais de 100 cidades do país no maior dia de manifestações desde o início das passeatas. Na maior parte dos casos, os atos foram pacíficos, mas houve confrontos com a polícia em diversas cidades.
O ministro classificou os atos de vandalismo durante as manifestações desta quinta-feira (20) como “lamentável e irresponsável”. Diversas capitais amanheceram com marcas da depredação promovida por grupos minoritários durante os protestos.
“O que está preocupando nos últimos momentos é que as manifestações acabam sendo palco para a manifestação de um tipo de expressão lamentável e irresponsável de vandalismo que nós não podemos aceitar. Ver a Esplanada amanhecer do jeito que ela amanheceu, com serviços públicos afetados, como os pontos de ônibus, como símbolos públicos importantes, para o Itamaraty, a Catedral de Brasília”, afirmou.
A presidente Dilma Rousseff convocou ministros para uma reunião no Palácio do Planalto nesta sexta para tratar das manifestações. Ela cancelou a viagem que faria a Salvador, onde lançaria o Plano Safra para a região do semi-árido e também adiou uma viagem oficial ao Japão, porque preferiu não ficar muito tempo fora do país nesse momento, segundo informou assessoria da Presidência.
Reprodução Cidade News Itaú
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