Uma criança de três anos foi encontrada morta em um hotel de Fortaleza. O pai holandês e a mãe brasileira deram versões diferentes para a morte do filho de três anos. Contudo, a polícia já tem uma certeza – eles mantiveram o corpo da criança por dois dias no quarto onde moram.
Nesta terça (11), Stefan Smith deu a versão dele sobre o que aconteceu no apart hotel. Ele disse que a morte foi natural. “De repente ele ficou durinho e tinha problemas de respirar. Coloquei no braço e ele respirou um minuto. Parou no meu braço.”
Já a mãe do menino, Antônia Cláudia, diz que ele caiu durante o banho e bateu a cabeça. "Ficou comprovado no laudo que a criança estava morta a mais de 24 horas, cerca de 36 horas. É muita frieza, tem que apurar isso com cautela para verificar o que houve", relata o delegado Jairo Pequeno.
A criança morreu na quinta-feira (6) e o corpo ficou dois dias escondido no quarto do hotel. O holandês afirma que ficou muito nervoso. Por isso, em vez de pedir ajuda, preferiu ir atrás de material para enterrar o filho. Sacos de areia foram encontrados no flat. A polícia apreendeu também um pedaço de papelão com um pedido de socorro que será investigado.
A mãe alegou que era impedida de sair do quarto do hotel. “Ela afirmou que estava sendo mantida em cárcere privado, que não poderia sair de casa, que as crianças não poderiam ter assistência médica”, conta a delegada Juliana Pinheiro.
Hoje, o corpo do menino foi liberado do IML. No sábado, os peritos constataram traumatismo craniano e hematomas no rosto. O filho mais velho do casal, de cinco anos, continua internado no hospital. Ele tinha sinais de desnutrição e maus tratos.
Os dois irmãos não tinham certidão de nascimento. Pela manhã, com a intervenção do Conselho Tutelar, os documentos foram expedidos com Stefan e Antônia como pais das crianças.
Stefan mora no Brasil há seis anos e há quatro está com a documentação ilegal. A embaixada holandesa em Brasília informou que está acompanhando as investigações e que a família dele na Holanda já foi informada sobre a prisão.
Reprodução Cidade News Itaú
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