Convocado para ocupar a vaga de Leandro Damião, cortado em virtude de uma lesão, o atacante Jô virou o talismã do técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari, após os dois primeiros jogos da Copa das Confederações.
Ele atuou pouco mais de 20 minutos na competição e marcou dois gols nos acréscimos do segundo tempo.
No entanto, o pé quente de Jô esteve ameaçado há pouco mais de um ano. Na oportunidade, o atacante foi colocado à disposição no Internacional após cometer atos de indisciplina --exatamente o que provocou a ausência de Ronaldinho da lista de convocados.
Após a eliminação na Libertadores para o Fluminense --em maio de 2012--, Jô retornou para o hotel onde a delegação estava hospedada somente na manhã do dia seguinte. Dois meses antes, o atacante deixou o treino do Inter mais cedo e não apareceu para viajar com a delegação para o jogo contra o The Strongest na Bolívia.
"Na época, estava solteiro. A gente acaba extrapolando em algumas coisas. No caso de ir em um evento você bebe demais e extrapola, pelo fato de estar no banco e não estar jogando. Estava com alguns problemas particulares na família também", contou Jô em entrevista ao diário "Lance!".
A vida do atacante começou a mudar, quando seu empresário, Giuliano Bertolucci, entrou em contato com o presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil.
"O Giuliano [Bertolucci ] me ligou e ofereceu o Jô. Conhecia o Jô desde a época do Corinthians e acertei a contratação sem consultar ninguém", contou o dirigente à Folha.
"Nunca tive medo de contratar um jogador indisciplinado. Com esses jogadores, você conversa e mostra o caminho certo, o caminho para o jogador ser feliz e ganhar dinheiro. Na época, o Jô estava desmotivado por estar na reserva do Leandro Damião", contou Kalil, que apostou também em Tardelli, outro que tinha fama de indisciplinado.
Jô foi revelado pelo Corinthians e se tornou o atleta mais jovem a vestir a camisa do time profissional em 2003 --tinha 16 anos, três meses e 26 dias. Em 2006, foi negociado com o CSKA Moscou. da Rússia.
Ele ainda passou por Manchester City, Everton e Galatasaray antes de retornar ao futebol brasileiro.
Jô foi convocado pela primeira vez para a seleção brasileira pelo técnico Dunga. Ele marcou duas vezes com a camisa do time principal justamente contra Japão e México e se tornou uma sombra para Fred.
O atacante também disputou os Jogos Olímpicos de Pequim, na China, quando marcou dois gols e ajudou a seleção conquistar a medalha de bronze.
Reprodução Cidade News Itaú
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