O deputado Gustavo Carvalho, defendeu através de requerimento, encaminhado pela mesa diretora da Assembleia Legislativa, a governadora Rosalba Ciarline, a criação na rede estadual de saúde do Programa de Vacinação contra o HPV (Papiloma Vírus Humano), o maior causador de câncer de colo de útero.
No Brasil, a doença mata uma mulher a cada duas horas, conforme dados divulgados pela Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Coloscopia. O índice de mulheres acometidas pela doença é muito alto. Alarmante. “Com essa importante proposta pretendemos reduzir esse número no Rio Grande do Norte”, justifica o parlamentar.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a vacinação rotineira contra HPV seja incluída nos programas nacionais de imunização e prevenção do câncer de colo do útero e de outras doenças relacionadas ao vírus. Para a OMS, as vacinas contra o vírus devem ser introduzidas como parte de uma estratégia coordenada para a prevenção desse tipo de neoplasia e de outras doenças relacionadas ao Papiloma Humano.
Segundo Gustavo Carvalho, essa imunização ainda não está amplamente disponível na rede pública, sendo necessário um investimento financeiro para quem deseja se prevenir. Se estivesse disponível na rede pública de saúde, a vacina estava sendo aplicada em mulheres na faixa etária de nove a vinte e seis anos.
O papiloma vírus humanos (HPV) é um vírus da família Papovaviridae, capaz de induzir lesões de pele ou mucosa, as quais mostram crescimento limitado e habitualmente regridem espontaneamente. O HPV é transmitido durante a relação sexual por alguém que esteja infectado, mas, como depende apenas do contato com a pele, não é necessária a penetração para que haja contaminação.
Existem mais de 200 subtipos de HPV, entretanto, somente os subtipos de alto risco estão relacionados a tumores malignos, dentre os quais o câncer de colo uterino. O câncer de colo uterino é o terceiro tipo de câncer mais comum no país, atrás apenas do câncer de pele e do câncer de mama. O HPV é responsável por 95% dos casos registrados.
A vacina é indicada para meninas e mulheres de 9 a 26 anos de idade e é realizada via intramuscular e sob prescrição médica, administrada em três doses, aplicadas em um período de seis meses, mostrou-se eficaz em 99% das lesões pré-cancerosas e no câncer da área genital, em 70% dos condilomas anogentais e em 80% de prevenção.
Por Redação Cidade News Itaú com Assecom
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