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quarta-feira, junho 12, 2013

Gripes superlotam pronto-socorros

O mês de junho chegou em Natal e, com ele, o período chuvoso na cidade, época propícia  para que o vírus da gripe se espalhe e afete um maior número de pessoas. Por isso, é importante tomar precauções afim de evitar que os vírus da família Influenza fiquem longe, dentre eles o temido H1N1.

A gripe é uma doença sazonal, ou seja, ocorre com maior força e afeta mais pessoas no período entre março e julho. Problemas respiratórios também são comuns nessa época, levando muitas pessoas, principalmente crianças, aos pronto-socorros.

Cerca de 80% do atendimento do Pronto-Socorro Infantil Dra. Sandra Celeste nos meses de maio e junho foram relacionados a sintomas gripais. De acordo com Lúcia Santos, que coordena a enfermagem do local, o atendimento a esse tipo de demanda triplicou. “Os principais sintomas são cansaço, coriza, tosse e febre”, diz.

Exemplo desse aumento é o de Francisco Guilherme, filho da assistente administrativa Kaline Lima, que foi atendido ontem no Sandra Celeste devido a complicações relacionadas a asma. “Dessa vez foi bem forte. Ele já tem histórico familiar. Com essa mudança de clima, é muito comum”, explica a mãe.

Também no Pronto-Socorro Infantil está Maria Clara, que veio ao mundo há apenas 14 dias, mas já deu um susto no pai, o servente de pedreiro José Hélio Júnior. “Ela começou a tossir, está com o nariz bem entupido e teve febre, mas acho que agora vai ficar bem”, diz.

Cuidados

A principal orientação para se prevenir do vírus da gripe é lavar as mãos com frequência, conforme explica Stela Leal, que é subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap).

“É importante ter o cuidado para não tocar superfícies que podem estar contaminadas e depois levar aos olhos e a boca. As gotículas suspensas no ar e principalmente as mais pesadas, que se fixam em um corrimão de escada, em uma maçaneta, em telefones, e podem levar ao contágio se a pessoa colocar as mãos sujas no rosto”, explica Stela Leal.

Com a baixa nas temperaturas, é comum que as pessoas se concentrem mais em locais fechados, o que pode facilitar a propagação do vírus da gripe. Contudo, segundo a subcoordenadora, apesar de ser válido, evitar lugares com muitas pessoas não garante que a  contaminação será evitada.

É importante também saber as diferenças do que se conhece por gripe comum, que na verdade é o resfriado, e as manifestações do vírus Influenza. “A gripe comum, que chamamos de resfriado, apresenta como sintomas a coriza, dor de cabeça leve, e um quadro febril não muito forte. A gripe mesmo é causada pelo vírus Influenza, que são primos do H1N1. O que diferencia o resfriado da gripe é febre alta e dor de cabeça, semelhantes a uma dengue, que tem início súbito. Em seguida, vem tosse, dor de garganta e coriza”, esclarece Stela Leal.

Os grupos de risco são gestantes, pacientes com baixa imunidade, diabéticos, pessoas com problemas no pulmão ou no coração e ainda os obesos mórbidos. 


Reprodução Cidade News Itaú

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