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domingo, junho 23, 2013

Estudo aponta o Alto Oeste como uma das regiões mais violentas do Estado

Operacoes atendem varias cidadesMatéria publicada na Revista do Laboratório de Estudos da Violência da Unesp/Marília (SP), em sua Edição 11, de maio deste ano, revela que a região do Alto Oeste potiguar é uma das mais violentas do Rio Grande do Norte, onde a criminalidade tem crescido em todos os municípios.
O material publicado é uma pesquisa financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), através de bolsa Pibic e está pautado no projeto "As geografias da violência e do medo no Alto Oeste potiguar-RN", realizado pelo Grupo Espaço, Ensino e Ciências Humanas, do Curso de Geografia da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), Campus de Pau dos Ferros.
O estudo aponta que 36 municípios compõem a área onde nos últimos 10 anos a violência cresceu significativamente, com assaltos assassinato, roubos, furtos e tráfico de drogas. Os dados da criminalidade foram repassados pelo 7º Batalhão da Polícia Militar, sediado em Pau dos Ferros.
De acordo com a PM, embriaguez e acidentes de trânsito também contribuem para o crescimento da violência na região, porém o fator predominante é a atuação de quadrilhas diversificadas, agindo nos municípios.
O delegado Sandro Regys, titular da Delegacia Regional da Polícia Civil de Patu, no Médio Oeste, diverge um pouco sobre o estudo e aponta que na sua jurisdição a violência tem diminuído significativamente. "Estou há mais de seis meses à frente da DP Regional, que abrange vários municípios, e tenho visto a redução na violência, principalmente em assaltos", destacou.
No entanto, o delegado concorda que os homicídio ainda preocupam muito as autoridades policiais, principalmente no tocante às investigações. "Crimes com características de pistolagem ainda são comuns nos municípios do Médio e Alto Oeste. Esse tipo de violência tem desafiado a polícia devido a falta de testemunhas", disse.

"Lei do Silêncio faz com que crimes de pistolagem se tornem impunes", diz delegado

Uma das principais preocupações enfrentada pelas polícias civil e militar nos municípios oestanos é a falta de testemunhas perante os assassinatos de pistolagem, no entender do delegado Sandro Regys. Para ele, o silêncio da população prejudica o trabalho das investigações policiais e deixa os assassinos impunes.
"Nós, policiais e delegados, não temos o dom da adivinhação, então temos que contar com a ajuda da população para elucidarmos os crimes e isso não vem ocorrendo. Para se ter uma ideia, já tivemos casos onde um homem foi morto na calçada de sua casa, na presença dos familiares e estes, na hora de depor, se negaram a fornecer detalhes do crime. É a velha 'lei do silêncio', imperando", concluiu.
No estudo sobre a violência no Médio e Alto Oeste, duas cidades pertencentes à jurisdição do delegado Sandro Regys são apontadas como violentas: Patu e Umarizal.

Violência no Alto Oeste é combatida por operações da Polícia Civil

Mesmo despontando como uma das regiões mais complicadas do RN, o Alto Oeste potiguar tem deixado de ser a "terra sem lei" para dar espaço a uma região onde a violência tem reduzido bastante, de acordo com relatos da Polícia Civil.
Cidades como Pau dos Ferros, citada como violenta, tem dado resposta à sociedade, indicando que a polícia está trabalhando para mudar este quadro. Segundo o delegado Inácio Rodrigues, titular da DP Regional de Pau dos Ferros, recentemente a operação “Elefante Branco”, desencadeada para combater o crime organizado, colocou 40 pessoas na cadeia, pelos mais variados tipos de delitos, principalmente tráfico interestadual de drogas e pistolagem.
"O trabalho que desenvolvemos à frente da operação “Elefante Branco” é uma resposta à sociedade. Essas pessoas que estavam traficando drogas, envolvidas em assassinatos e assaltos, foram retiradas das ruas e estão presas, isto é combater a violência e mudar o cenário da região", destacou o delegado.

“Elefante ranco”
A Delegacia Regional de Polícia Civil de Pau dos Ferros concluiu no dia 31 de maio a operação “Elefante Branco”, que prendeu ao todo 40 acusados de integrarem uma quadrilha interestadual que fornecia drogas do Ceará para o RN. As atividades da operação foram realizadas nos dois estados de forma simultânea. O nome do trabalho investigativo é uma alusão aos presídios e a efetivação de venda, compra e distribuição de drogas dentro das unidades prisionais dos dois estados nordestinos.
Participaram da ação, que cumpriu 33 mandados de prisão e 32 de busca e apreensão, mais de 20 delegados e 130 agentes. As investigações, que duraram seis meses, foram coordenadas pelo delegado Inácio Rodrigues, em parceria com o delegado Pedro Viana, titular da Denarc (Delegacia de Narcóticos) de Fortaleza.

Reprodução Cidade News Itaú

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