Antes, todo poderoso na organização da Copa, o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira vê doente e deprimido a contagem regressiva para a abertura do Mundial.
Segundo a Folha apurou, o ex-dirigente, que vive na Flórida (EUA), confidenciou a amigos que se arrepende de ter renunciado ao cargo em 2012 após ser envolvido em denúncias de corrupção.
Teixeira enfrenta uma crise renal séria. Médicos estudam submeter o cartola de 65 anos a uma hemodiálise.
O ex-dirigente é obrigado a tomar vários remédios por dia para controlar a crise renal. Também sofre com problemas cardíacos e diabete.
Além dos problemas de saúde, Teixeira está abalado por estar fora da agitação nos bastidores da reta final para a Copa das Confederações.
O cartola, que ficou mais de duas décadas no cargo, gostava de exercer o poder. Não era fã de futebol, raramente ia a um estádio.
Teixeira adorava o assédio de políticos e dirigentes, que o procuravam para obter vantagens para suas regiões ou clubes. Apesar de longe do país, ele passou os últimos dias tentando exibir poder.
Na véspera do jogo contra a Inglaterra no Maracanã, passava o tempo em Miami distribuindo ingressos a amigos e políticos e negociando entradas no camarote da CBF.
Homem forte no Comitê Executivo da Fifa, Teixeira foi o responsável pela escolha do Brasil em 2007. Poderoso na época, ele fez uma campanha solitária e silenciosa por cerca de quatro anos, reunindo-se apenas com os integrantes do Comitê Executivo da Fifa.
Parte dos cartolas do comitê protagonizou o maior escândalo de corrupção da Fifa. Em abril, o Comitê de Ética da entidade divulgou que o brasileiro recebeu propina da ISL, antiga empresa de marketing esportivo da Fifa. Ele nega.
Reprodução Cidade News Itaú
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