Na cidade do Assú já há devidamente estruturada uma célula do grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC). A revelação foi feita durante a reunião que envolveu representantes dos poderes constituídos do município e signatários de outros segmentos sociais para tratar da insegurança local e regional pelo diretor do Centro de Detenção Provisória (CDP), na cidade, Manoel Bezerra.
O encontro ocorreu nas dependências do Fórum Municipal João Celso Filho, especificamente no gabinete da juíza da Primeira Vara Criminal, Maria Nivalda Neco Torquato. O evento atraiu a participação, além dos representantes da Polícia Civil e Militar e da magistrada, de signatários dos poderes Executivo e Legislativo, bem como dirigentes de outras organizações sociais do município. A intenção foi discutir estratégias para frear o avanço local da violência.
A afirmação trazida à discussão pelo diretor do CDP, Manoel Bezerra, certamente lastreada por dados levantados pela área de inteligência do aparelho de segurança pública do Rio Grande do Norte, inclui o Assú na rota de crimes protagonizados pela organização fora da lei, que possui uma presença mais notória e consistente no Sudeste do país. Nela são engajados alguns dos mais perigosos malfeitores de todo o território nacional.
Ainda conforme a observação feita pelo representante da Polícia Civil no encontro, a atuação deste núcleo do PCC agiria fundamentalmente no resgate de presos de alta periculosidade para que retomem a atividade criminosa.
O PCC surgiu no começo da década de 90 e é originalmente uma organização criminosa paulistana, criada supostamente com o objetivo manifesto de defender os direitos de pessoas encarceradas no país.
Encontro traça radiografia dos problemas na segurança
Um esforço concentrado entre os três poderes públicos – Executivo, Legislativo e Judiciário – e outras representações da sociedade assuense no sentido de combater a sensação de insegurança e impunidade deixada pela série de pequenos assaltos e furtos ocorridos recentemente no município se configurou na principal motivação do encontro de quinta-feira no Fórum Municipal João Celso Filho, sede do Poder Judiciário da comarca.
A iniciativa proporcionou a realização de uma radiografia dos problemas que cercam o aparelho de segurança pública do município e região, em especial no âmbito das polícias Civil e Militar. Na alçada da polícia ostensiva (desempenhada pela corporação militar), atualmente, segundo o comandante do 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM), major Francisco de Assis dos Santos, o número de policiais disponíveis é de pouco mais do que 140 homens.
No entendimento do comandante-geral da guarnição, trata-se de um quantitativo considerado insuficiente para atender a demanda da região. O oficial PM salientou que o ideal é o dobro do efetivo ora existente. No item viatura apenas dois veículos atendem a cidade do Assú. Já no que tange a parte da corporação Civil o delegado Emerson Valente disse que o número reduzido de agentes e a falta de uma Delegacia Regional foram apontados como as principais deficiências operacionais.
Reprodução Cidade News Itaú
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