Um título em casa, no Maracanã, com a camisa do Brasil e sobre a melhor seleção do mundo, e ainda sendo o melhor jogador do torneio. A conquista da Copa das Confederações, neste domingo, após vitória sobre a Espanha, encerrou o ciclo de Neymar como "jogador local". São quatro taças de melhor do jogo em cinco partidas disputadas na competição.
Na próxima temporada europeia, o astro desembarca no Barcelona tendo vencido quase tudo no seu país, já que derrapou no Brasileirão e contra os seus novos companheiros de Barça, na final do Mundial de Clubes de 2011.
A campanha vitoriosa da seleção brasileira serviu para trazer tranquilidade para Neymar. Tido como astro e melhor jogador do país há mais de dois anos, o atacante sempre foi cobrado por não brilhar da mesma maneira que no Santos quando vestia a camisa amarela.
Paradoxalmente, o quadro se inverteu no último mês. Ao se apresentar para a seleção, o astro chegava de uma temporada ruim no Santos e não marcava gols havia sete partidas. Nos dois amistosos, contra Inglaterra e França, ampliou o jejum.
Três minutos de bola rolando na Copa das Confederações foram suficientes para Neymar mostrar que dias melhores estariam por vir. Fez um golaço contra o Japão, aproveitando assistência de Fred e chutando de fora da área. Mostrou o seu cartão de visitas no torneio.
Fora de campo, o astro fez questão de externar uma faceta mais madura. Em entrevistas coletivas, sorriu e fez gracinhas, como sempre, mas também retrucou críticas e fechou a cara quando achou que era necessário.
"A pressão que você quer jogar vai bater aqui e vai voltar. Eu não trabalhei sozinho aqui. Isso aqui é um grupo", respondeu, após ouvir um questionamento se na final ele assumiria a responsabilidade por decidir. "Temos grandes jogadores. Como dizemos no futebol, aqui tem macaco velho", completou.
O estilo bateu-levou também foi visto dentro de campo. Sempre alvo de faltas, Neymar passou a revidar. Na primeira fase do torneio, foi o jogador que mais cometeu infrações. Contra a Itália acabou sendo substituído por Felipão, que teve receio de que perderia seu craque por expulsão. "Não sei o que passa na cabeça do juiz", explicou o técnico.
Na decisão, voltou a decidir. Entre assistências e disposição, marcou o segundo gol do Brasil na vitória contra a Espanha e foi decisivo para o terceiro gol de Fred.
Reprodução Cidade News Itaú
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