O ex-presidente da Argentina Carlos Menem (1989-1999) foi condenado nesta quinta-feira (13/06) a sete anos de prisão pela venda ilegal de armas à Croácia e ao Equador. Menem foi considerado culpado como coautor de contrabando.
A decisão de hoje é histórica, pois foi a primeira vez em que um presidente argentino da era democrática é condenado a prisão.
A pena de Menem foi calculada com base no agravante de ele ter causado danos à imagem do país. O cumprimento dos sete anos de prisão, no entanto, não será iniciado agora pelo fato de Menem ser senador. A sentença de hoje, porém, já prevê novo julgamento para derrubar o foro privilegiado.
Outras duas pessoas que participaram do governo Menem também foram condenadas: o ex-ministro da Defesa Oscar Camilión e o ex-coronel do Exército Diego Palleros, ambos a cinco anos de prisão.
Histórico
Durante o governo Menem, 6,5 mil toneladas de armamento foram destinadas oficialmente ao Panamá e à Venezuela, mas também acabaram sendo desviadas à Croácia, em 1991, em pleno conflito da antiga Iugoslávia, e ao Equador, em 1995, no meio de um confronto bélico com o Peru.
No julgamento oral, o ex-presidente negou responsabilidade na venda ilegal do armamento e argumentou que durante sua gestão "se limitou a assinar decretos de exportação de armas" à Venezuela e ao Panamá, já que "todos os trâmites escapam ao presidente".
Por conta desta acusação, Menem chegou a ficar preso por seis meses em 2001 sob a acusação de chefiar uma "formação de quadrilha" dedicada ao tráfico ilegal de armas, mas foi posto em liberdade após uma decisão da Suprema Corte.
Reprodução Cidade News Itaú
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