Um dos crimes que mais intriga a segurança pública do Rio Grande do Norte completa dois anos no sábado (1º). O advogado Anderson Miguel da Silva foi assassinado a tiros de pistola .40 dentro do seu escritório no bairro de Lagoa Nova. À época, Anderson Miguel estava respondendo na Justiça Federal como um dos principais operadores de esquema de desvio de verba pública e fraude em licitações nos contratos de higienização hospitalar e locação de mão de obra na Secretaria de Estado da Saúde Pública na operação Hígia.
Desde a morte de Anderson, as Polícias Civil e Federal se uniram com objetivo de elucidar o crime, mas até agora a investigação permanece em sigilo. Contudo, o laudo de exame em local de crime contra a vida elaborado pelo Instituto Técnico Científico de Polícia (Itep) revelou algumas informações acerca do assassinato.
O portalnoar.com teve acesso ao documento nº 01.0694/11. Nele os peritos afirmam, baseados em análises técnicas, que Anderson Miguel “foi morto de modo intencional por seu algoz” e “(…) havia a clara intenção da eliminação da vítima”. Além disso, o documento tem detalhes do local e como o crime foi cometido a começar pela forma como Anderson foi encontrado dentro da sua sala. “Sentado em uma cadeira estilo ‘presidencial’, tronco caído para a direita sobre o braço direito da referida cadeira e membros superiores estendidos sobre a mesa”, informa o documento.
O laudo aponta “sinais particulares” como as tatuagens da vítima uma delas com o nome de cinco pessoas. Dentro do escritório de Anderson, em Lagoa Nova, peritos encontraram “quatro estojos deflagrados de munição calibre .40 e um projétil de arma de fogo do mesmo calibre, apresentando deformações típicas de deflagração”.
Elaborado pela Coordenadoria de Criminalística do Instituto, informa que “com relação à localização das feridas verificadas na vítima, estes são indicativos de que seu algoz adentrou na sala e, voltando-se de frente para ela, efetuou alguns disparos”. “Pelo que foi percebido a vítima foi surpreendida, esboçando apenas uma ‘reação de defesa’ levantando os braços, não sendo dado a esta, real chance de se defender”, relata o laudo. Mesmo com o laudo, o caso Anderson Miguel ainda permanece como um quebra-cabeça para as polícias. Várias linhas já foram investigadas e suspeitas foram levantadas, mas até o momento, o inquérito segue em sigilo.
Reprodução Cidade News Itaú via Portal no Ar
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