Ex-treinador da seleção brasileira e atualmente desempregado, Mano Menezes declarou que, pela maneira como ocorreu sua demissão, saiu arrasado do comando da equipe nacional e demorou para recuperar a confiança.
Mano foi demitido pela CBF no final novembro de 2012 depois de conquistar o Superclássico das Américas.
"É muito duro o trabalho de técnico da seleção, gera desgaste. Você entra literalmente de cabeça nesse projeto. É uma enorme responsabilidade tanto para o Brasil quanto para mim. Quando saí, da maneira como foi... saí arrasado", disse o treinador à Rádio Bradesco Esportes FM.
O ex-treinador se sentiu traído pela cúpula da entidade. Ele argumenta que havia traçado com a CBF a missão de inciar profunda reformulação no time pós Copa-2010. O importante inicialmente, segundo Mano, era criar um grupo jovem capaz de representar o país no Mundial de 2014.
Mano cita o trabalho desenvolvido pela Alemanha, que implantou profunda reformulação no elenco para a Copa de 2010 e que hoje colhe os frutos do rejuvenescimento do grupo.
"Nossa tarefa era muito diferente. O plano era montar grupo totalmente novo, quase que na sua maioria com jogadores novos. Isso sem duvida dá um trabalho danado. Me parece que foi bem feito, até pela sequência mostrada. A convocação feita contempla os jogadores que estavam trabalhando no início. Isso comprova que as escolhas foram certas", diz Mano.
O grupo dos 23 atletas convocados por Felipão para a Copa das Confederações tem média de 26 anos, a mesma média do time que Mano levou para a Copa América de 2011.
"Funções táticas e esquemas logicamente seriam feitas agora e está sendo feito com o Felipão", acrescentou.
Mano mira trabalhar no exterior no 2º semestre
Ainda sem clube após sua saída da seleção, Mano falou que voltará a trabalhar no segundo semestre.
"Eu disse que volto a trabalhar no segundo semestre, mas não tenho definição se vai ser no Brasil ou fora dele. Existe a possibilidade de fazer uma saída e se essa possibilidade continuar é de minha preferência nesse momento".
"Estrategicamente devo aproveitar essa experiência na seleção para cruzar a fronteira. Técnico da seleção é muito visado internacionalmente. Mas também só vou fazer se a condição for boa", continuou Menezes.
Mano não escondeu que demorou um tempo para readquirir sua confiança após a demissão. "Pela forma como aconteceu, não se tem condição de ser bom técnico logo em seguida. Para um novo trabalho que vai assumir, você sofre, perde confiança, precisa recuperar confiança. Mas no futebol não é possível ficar em casa um ano", afirmou o treinador.
Depois de deixar o comando técnico da seleção brasileira, Mano Menezes foi substituído em 2013 pelo pentacampeão Felipão, auxiliado pelo tetracampeão Carlos Alberto Parreira.
Reprodução cidade News Itaú
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