sexta-feira, maio 03, 2013

Justiça nega pedido de suspensão de venda de livro sobre a Kiss


Capa do livro escrita por Lauro Trevisan (Foto: Divulgação)
A Justiça negou na manhã desta sexta-feira (3) uma liminar que pedia a suspensão da venda do livro "Kiss – Uma Porta para o Céu", do escritor Lauro Trevisan, que causou polêmica entre os familiares das vítimas da tragédia na boate Kiss, em Santa Maria, que matou 241 pessoas. A liminar, movida pelos pais de uma das vítimas, pedia, sob pena de multa diária, a suspensão da distribuição, comercialização, reimpressão e reedição da obra, além R$ 100 mil de indenização. De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, cabe recurso da decisão.

Segundo o juiz Paulo Afonso Robalos Caetano, da 3ª Vara Cível de Santa Maria, os argumentos apresentados pelos familiares que moveram a ação não seriam graves o suficiente para proibir a comercialização da obra. “A proibição liminar de circulação da obra, com a pobreza de elementos por enquanto trazidos seria grave precedente limitador à liberdade de expressão. Diante disso, apesar do respeito à dor dos pais enlutados, indefiro, por ora, a liminar pedida, sem prejuízo de reexame posterior, alterada a situação processual que justifique a medida”, diz a conclusão do juiz.
O G1 procurou o escritório que representa os pais da vítima, mas não conseguiu contato até a publicação desta reportagem.
Polêmica
O livro "Kiss – Uma Porta para o Céu", do padre Lauro Trevisan, provocou polêmica em Santa Maria. Familiares de vítimas ficaram insatisfeitos com dois trechos da obra, um sugerindo que “dois ou três” jovens estavam vivos no caminhão que transportou os corpos ao ginásio onde foram reconhecidos, e outro afirmando que jovens que salvaram vidas na casa noturna “agonizavam”. Também foi citado um trecho que sugere que há “sexo no céu”.

Reprodução Cidade News Itaú

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