Um vídeo no Facebook de uma mulher sendo decapitada saiu do ar após causar polêmica na rede social na sexta-feira (26). As imagens publicadas por um usuário estavam disponíveis no Facebook, embora fossem explícitas. Antes, a rede social afirmava que o conteúdo não poderia ser removido porque ele "não violava os padrões de comunidade do Facebook".
Agora, mesmo com pessoas ainda compartilhando o vídeo no Facebook, ao denunciar as imagens na rede social, o usuário recebe a mensagem de que o vídeo foi analisado e que viola os padrões de comunidade do Facebook em violência gráfica.
"Analisamos o vídeo denunciado. Como ele viola nossos Padrões de comunidade em violência gráfica, incluindo sinais de danos a alguém ou a algo, ameaçadas à segurança pública ou roubo e vandalismo, foi removido. Informaremos (...) de que o vídeo dele foi removido, mas não divulgaremos quem o denunciou. O Facebook nunca divulga o nome de quem enviar uma denúncia”, diz a mensagem.
No primeiro momento, a rede social havia dito que as pessoas que comentam e compartilham o vídeo estavam fazendo isso "para condená-lo" e que, por isso, não poderia removê-lo. “Embora o vídeo seja chocante, nossa postura está fundamentada na preservação dos direitos das pessoas de descrever, representar e comentar sobre o mundo em que vivem", disse a empresa na sexta-feira (26).
O G1 entrou em contato com o Facebook no Brasil neste sábado (27), mas ainda não teve retorno. O vídeo publicado por um usuário da rede social, aparentemente mexicano, mostra uma mulher sendo decapitada por supostos integrantes de uma gangue mexicana.
O que pode e o que não pode
Segundo os termos de direito e responsabilidades do Facebook, a rede social está autorizada a remover qualquer conteúdo que infrinja os direitos autorais de alguém. Os usuários estão proibidos ainda de publicar conteúdo que "contenha discurso de ódio, seja ameaçador ou pornográfico; incite violência; ou contenha nudez ou violência gráfica ou desnecessária".
É vedado também aos usuários publicarem conteúdo que "infrinja ou viole os direitos alheios ou a lei", informações financeiras confidenciais de ninguém no Facebook e que contenham quaisquer atos ilegais, equivocados, maliciosos ou discriminatórios.
Leitora chocada
O G1 foi alertado sobre a existência do vídeo pela estudante Jéssica Souza, por meio da ferramenta de jornalismo colaborativo VC no G1.
A leitora conta que soube do vídeo por uma amiga. “Ela recebeu porque um amigo comentou, e apareceu na Timeline dela. Pelo comentário que ele fez, xingando, ela foi ver por curiosidade. [Depois de assistir], ela me mandou mensagem dizendo que estava se sentindo mal”, relata. “Ela ficou bem chocada, assustada porque nunca tinha visto algo assim real”, relata.
Jéssica conta que, inicialmente, pensou que o vídeo fosse uma montagem. “Assisti até o final. Achei que não parece ser falso, mas ainda assim não acredito que alguém seja capaz de filmar isso e colocar numa rede social”, aponta.
Reprodução Cidade News Itaú
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