Vasco confirma duas substâncias em antidoping e isenta C. Alberto de culpa

O departamento médico do Vasco confirmou através de nota oficial a presença de duas substâncias no exame antidoping realizado pelo meia Carlos Alberto após o clássico contra o Fluminense, pela semifinal da Taça Guanabara – o Cruzmaltino venceu a partida disputada no dia 2 de março por 3 a 2. O clube destacou a informação dando conta da contaminação cruzada na confecção do remédio ortomolecular consumido regularmente pelo atleta. Por isso, Clóvis Munhoz, diretor do departamento médico, isentou o jogador de culpa.

O exame do meia cruzmaltino apontou a presença das substâncias Hidroclorotiazida e Carboxi-Tamoxifeno (metabólico do tamoxifeno). O clube ainda aguarda o resultado da contraprova solicitada ao laboratório Ladetec para se pronunciar de maneira oficial. O procedimento acontece na quinta-feira.

Na visão dos médicos, a confirmação da irregularidade não denota dolo por parte de Carlos Alberto. Os profissionais acreditam em contaminação da medicação ortomolecular utilizada pelo camisa 10 há mais de um ano e autorizada pelo clube.

De acordo com o Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro, Carlos Alberto pode pegar até dois anos de suspensão se a contraprova for testada positiva. De acordo com a Comissão de Controle de Doping do CBF, as substâncias encontradas no organismo do meia são “mascarantes” e podem esconder um possível doping.

Os médicos do Vasco não podem conceder entrevistas até o resultado da contraprova. A determinação partiu do diretor executivo de futebol René Simões. No entanto, o UOL Esporte conseguiu contato com Albino Pinto antes da “lei do silêncio”. O médico trabalhou no jogo em questão com Carlos Alberto.

"O trabalho no jogo foi normal. Não tivemos qualquer tipo de problema. Estou surpreso com essa informação, pois lembro que o Carlos Alberto tomou apenas um analgésico permitido no dia da partida. Não posso dar mais detalhes sem conhecer o relatório", encerrou.

Reprodução Cidade News Itaú