O perfil no Facebook da jornalista Juliana Ribeiro Campos, de 24 anos, que morreu em maio de 2012, foi exluído e não está mais disponível para os contatos da rede social. A informação foi dada na manhã desta quinta-feira (25) pela mãe da jovem, a professora Dolores Pereira Ribeiro, 50 anos. Ela recorreu à Justiça em Mato Grosso do Sul, que determinou que o perfil fosse retirado.
“Estou sentido um alívio muito grande. Ela vai estar apenas no coração da gente, na lembrança da gente, como tem que ser. Minha filha não está mais entre nós e, por isso, não podia continuar ligada às coisas deste mundo”, afirmou a mãe ao G1.
O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa do Facebook Brasil, que confirmou que o perfil da jovem no Facebook foi excluído. Prints feitos pela família da jovem indicaram que a página estava ativa até a noite de quarta-feira (24).
Após a morte, Dolores fez diversas solicitações para que o Facebook desativasse o perfil da filha. Ela afirmou que a página virou um “muro de lamentações”, onde os quase 300 contatos que a jovem tinha na rede social continuavam a postar mensagens, músicas e até fotos para ela.
Em janeiro deste ano, ela entrou com uma ação contra o Facebook Brasil na Justiça de Mato Grosso do Sul. Os documentos que comprovaram os pedidos de encerramento da página foram anexados ao processo.
Ao G1, Dolores esclareceu que não é contra a rede social. "A rede social não é uma coisa ruim, pelo contrário, é importante, é um instrumento ágil de comunicação. Mas, nesses casos, a família tem que ser respeitada em sua vontade”, considerou a professora.
Ação na Justiça
No dia 25 de janeiro de 2013, Dolores ela entrou com uma ação contra o Facebook Brasil na 1ª Vara do Juizado Central de Campo Grande.
Em março, a juíza Vânia de Paula Arantes decidiu, em caráter liminar, pelo cancelamento do perfil da jovem, mediante multa diária de R$ 500.
Mesmo assim, o perfil foi mantido. Dolores comunicou o fato à Justiça e, em abril, a juíza fez uma nova determinação e ordenou que um oficial de justiça notificasse a empresa a fazer o cancelamento do perfil em 48 horas.
O processo deve continuar tramitando em Mato Grosso do Sul, pelo menos até que a Justiça seja oficialmente informada da exclusão do perfil.
Morte
Juliana morreu no dia 27 de maio de 2012. Ela estava internada, havia três dias, no Centro de Terapia Intensiva de um hospital particular de Campo Grande. Dolores relatou que a filha foi para o CTI após uma endoscopia.
“Ela passou por uma cirurgia bariátrica e, oito dias depois, passou pela endoscopia. Ela estava bem, mas teve complicações algumas horas depois do exame”, contou a mãe.
Ainda segundo Dolores, a filha começou a passar mal dentro da ambulância, durante o transporte da clínica onde foi feito o exame para o hospital. “Ela estava com os melhores médicos, no melhor hospital. Tudo o que podia ser feito, foi feito. Foi a vontade de Deus”, relatou.
Reprodução Cidade News Itaú
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