Os três detentos amotinados na enfermaria do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, se entregaram no início da manhã deste domingo (21). A assessoria da Agência Goiana do Sistema de Execução Penal (Agsep) informou que os reféns passam bem. A revolta, iniciada por volta das 13h30 de sábado (20), durou quase 18 horas.
Inicialmente, o grupo havia feito 12 reféns: um agente de segurança prisional, duas enfermeiras, um enfermeiro e oito presos que estavam internados na enfermaria. A assessoria da Agsep informou ao G1 que cinco deles foram liberados no final da noite de sábado. O primeiro a sair foi um agente de segurança prisional, depois, três presos e, por fim, uma enfermeira. Os demais foram liberados na manhã de domingo. Segundo a assessoria, todos passam bem.
Motim
O motim começou, conforme a assessoria, quando os detentos tomaram a arma e renderam o agente de segurança. Em seguida, impediram de sair da unidade os três enfermeiros. Apesar de ficar dentro do Complexo Prisional, o posto médico ocupa um prédio separado dos blocos carcerários.
Por volta das 16h, a Tropa de Choque da Polícia Militar, que fazia a segurança da partida entre Atlético-GO e Goianésia, no Estádio Serra Dourada, precisou ser deslocada para o Complexo Prisional. A movimentação das equipes de segurança foi grande no local.
Exigências
Na noite de sábado, os amotinados usaram o telefone da enfermaria e ligaram para TVs e rádios de Goiânia pedindo a presença da imprensa. Os jornalistas acompanham o caso na portaria do Complexo Prisional.
Nas ligações, os presos exigem água, comida e sete carros para a fuga. Também ameaçavam explodir o local com botijões de gás. No fim da noite, os telefonemas cessaram.
Segundo a Polícia Militar, o major Wendel de Jesus, especialista em gerenciamento de crise e negociação, está à frente das negociações. Ele é auxiliado Ricardo Mendes, comandante do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer), que também é especialista no assunto.
A PM não dá detalhes sobre a negociação. Mas o G1 apurou que familiares dos amotinados foram chamados para ajudar a convencê-los a acabar com a revolta.
Reprodução Cidade News Itaú
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