Desafeto da torcida tricolor, o presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho, se tornou na tarde desta quinta-feira alvo de uma denúncia endereçada à Procuradoria-Geral da República. Dois advogados baianos que moram em Brasília protocolaram na sede do órgão, localizada na capital federal, uma notícia-crime apontando possíveis crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Além do presidente, também figuram no processo o gestor de futebol tricolor Paulo Angioni, o coordenador da divisão de base do clube Newton Mota e o delegado André Garcia, sócio-proprietário da empresa Calcio, parceria do Bahia e que é dona de percentuais de jogadores das divisões de base do clube tricolor.
A dupla de advogados, formada por Antonio Rodrigo Machado e Marcus Tonnae Silva, pede que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, investigue o quarteto e estabeleça um inquérito civil para apurar supostos ilícitos envolvendo a atuação da Calcio no clube, utilizando reportagens da imprensa local e nacional para indicar os fatos.
“Há uma brincadeira com uma das maiores instituições da Bahia e, como torcedores e cidadãos, não podemos ficar calados e entendendo tudo como algo normal. É uma falta de respeito com o torcedor. Se há uma unanimidade entre a torcida do Bahia, é que Marcelo Guimarães não faz bem e não respeita a torcida, e se utiliza do Bahia para fins pessoais”, disse Antonio Rodrigo Machado ao Bahia Notícias.
Confira um trecho do documento:
No Esporte Clube Bahia não existem eleições diretas e as regras para associação são nebulosas e tratadas como uma extensão do patrimônio da já abastada Família Guimarães, há quinze anos no comando do clube e envolvida em diversas investigações na Polícia Federal, a exemplo da Operação Jaleco Branco.
A gestão do Presidente do Esporte Clube Bahia se reveste das mais diversas formas de obscurantismo, mas sua ofensa não fica restrita apenas a não participação dos torcedores no processo político interno. Recentemente, a imprensa trouxe a público uma verdadeira rede de interesses financeiros envolvendo jogadores da base do Esporte Clube Bahia através de uma empresa privada: a CALCIO.
Reprodução Cidade News Itaú
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