O presidente da China, Xi Jinping, e o primeiro-ministro, Li Keqiang, pediram às autoridades e equipes de salvamento que maximizem os esforços de atendimento às vítimas do terremoto deste sábado. Até o momento, o abalo em Sichuan (sudoeste da China) registrou magnitude 6,6 na escala Richter, e deixou ao menos 124 mortos e mais de 3.000 feridos.
- Edifício partiu ao meio após terremoto
"Nosso grande desafio é aproveitar as primeiras 24 horas após o incidente, já que esse é o nosso tempo de ouro para salvar vidas", disse Xi Jinping.
Apesar da confirmação oficial, o número de mortos e feridos não é exato e pode aumentar. A agência sismológica da província de Sichuan adiantou que o sismo pode ter deixado "centenas de mortos" .
- Surpresos, moradores foram às ruas de pijama
Mais de 6.000 soldados do Exército de Libertação Popular foram enviados à região afetada para participar dos trabalhos de resgate e auxílio às vítimas, informou a divisão militar de Chengdu, a capital de Sichuan. O governo também mandou à região cinco drones (veículos aéreos não-tripulados), que capturarão imagens aéreas da área atingida pelo terremoto.
O tremor atingiu a comarca de Lushan, na área municipal de Yaan, situada no sul da província, segundo os primeiros dados do Centro de Redes Sismológicas da China. O sismo foi registrado a 13 quilômetros de profundidade, às 8h02 (21h02 de Brasília), e seu epicentro foi situado a 51 quilômetros de Lingqiong, de acordo com o Serviço Geológico Americano.
Localização
Em Lushan, onde foi encontrado o maior número de vítimas, equipes de resgate encontraram 32 sobreviventes sob escombros. O local permanece sem água e sem luz.
- Rocha bloqueia estrada em área de Lushan
As primeiras fotos da tragédia mostram pessoas ensanguentadas caminhando pelas ruas, em meio a escombros de prédios que desabaram.
Em Yaan, escombros do alojamento de uma universidade local prenderam um número incerto de estudantes, segundo o site de notícias Sina.com.
Em outra localidade do mesmo distrito de Lushan, praticamente todas as edificações antigas desabaram, total ou parcialmente, revelou a agência de notícias oficial Nova China.
Segundo relato de um Lushan na internet, a creche local também desabou, deixando um número indeterminado de vítimas.
Rota de terremotos
O oeste da China é uma área de frequente atividade sismológica, por ficar na zona de atrito das placas indiana e asiática. Nas últimas semanas, vários tremores de menor intensidade na também ocidental província de Yunnan causaram dezenas de feridos.
Em 12 de maio de 2008, um terremoto de 8 graus com epicentro em Weichuan, no norte de Sichuan, deixou 90 mil mortos e 375 mil feridos.
Os prédios nas zonas rurais da China são construídos, geralmente, com material de baixa qualidade e ignorando as normas anti-sísmicas.
Reprodução Cidade News Itaú
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!