Por conta das complicações que teve após realizar uma biópsia no fígado, no Hospital Aliança, em Salvador, o cantor Netinho terá que ficar pelo menos mais duas semanas internado, segundo informou a direção do hospital nesta segunda-feira (29).
O artista foi diagnosticado com “adenomas hepáticos benignos”. Ele está internado na Unidade de terapia Intensiva (UTI) do hospital.
Segundo Jackson Noya, médico que atende o cantor, o problema é considerado raro e foi contido com a realização de uma pequena cirurgia. "Uma em 500 biopsias pode apresentar alguma espécia de complicção. Entre elas, essa ruptura de uma artéria ou de uma veia e provocar esse hematoma", explica. Segundo o especialista, apesar do susto, o artista passa bem. "Ele está bem, tranquilo, já impaciente, querendo voltar às suas atividades profissionais, suas atividades de exercícios, mas isso vai ter que esperar um pouquinho", alerta o médico.
Rompimento das veias
Por meio de nota, a assessoria de imprensa de Netinho informou que, no dia em que ele foi internado (quarta-feira, 24), foi realizado uma biópsia e ele teve uma das veias rompidas no procedimento. Por isso, ele precisou passar pela cirurgia. O resultado do exame descartou a possibilidade de câncer, informa a assessoria.
A previsão é de que Netinho continue internado na UTI até quinta-feira (2). No domingo (28), ele foi liberado a receber visitas de familiares.
Em nota divulgada à imprensa, o cantor mandou agradecer o carinho dos fãs e disse que, assim que for para o quarto, vai responder todas as mensagens.
Adenomas hepáticos
O G1 consultou o hepatologista Raymundo Paraná para explicar o que são adenomas hepáticos. De acordo com o médico, são lesões benignas do fígado, que são classificadas em três tipos diferentes: 1, 2 e 3. Segundo Paraná, os adenomas hepáticos são, na maioria das vezes, causados por uso de hormônio e aparecem mais em mulheres. O diagnóstico em homens, de acordo com o hepatologista, é muito raro.
"Normalmente, [os adenomas hepáticos] são mais encontrados em mulheres que usam contraceptivo oral, muito raramente em homens, porque esse tipo de adenoma, que é o mais comum, se associa ao uso de hormônios femininos. Normalmente, é uma lesão no fígado que é benigna. Muito raramente sofre malignização. Em homens, o adenoma é muito raro. Hoje se torna um pouco mais comum em função de algumas práticas na academia, por exemplo, onde se faz uso de medicamentos com testosterona. Não estou dizendo que seja o caso do paciente, é importante dizer isso. O adenoma em homens é um caso de absoluta exceção", afirmou.
Raymundo Paraná esclarece ainda que o risco para quem é diagnosticado com adenomas hepáticos só ocorre caso a lesão não seja diagnosticada precocemente porque ela pode evoluir e rompe, causando sangramento no abdomên. "Quando [a lesão] é diagnosticada precocemente, com a suspensão do medicamento, pode haver regressão. Se a lesão já é grande e tem-se risco de ruptura, faz a cirurgia para a retirada. O sintoma pode ser nenhum até que o fígado venha a sofrer ruptura ou uma imagem em um diagnóstico incidental mostre a lesão - o que é o ideal porque senão a evolução é para ruptura", disse o hepatologista.
Reprodução Cidade News Itaú
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