Com prefeitos e secretários municipais recém-empossados, a falta de conhecimento sobre a legislação e o uso de verbas federais no combate a desastres naturais suscitou a preocupação da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, da Secretaria Nacional de Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte. Para capacitar gestores, as três instituições promovem durante toda a semana uma oficina voltada para 26 coordenadores de cidades do Estado (Inclusive Natal). Serão quatro dias de aulas expositivas sobre temas diversos, como transferência de recursos e conhecimentos elementares do Sistema Nacional de Monitoramento, Alerta e Alarme, Plano de Contingência. Na sexta-feira (05), um simulado de Preparação para Desastres será realizado no bairro dos Guarapes, com a ajuda de 250 voluntários da comunidade e de entidades, como a Cruz Vermelha.
Coordenador estadual da Defesa Civil, o tenente coronel Josenildo Acioli destaca o papel das chuvas no contexto potiguar. “Tudo gira em torno das chuvas. A seca é o principal desastre do Estado. Mas desabamento, inundações e alagamentos também são perigos existentes. Temos áreas de abalo sísmico, no Mato Grande, e erosão do mar, no litoral. São situações que entram na identificação e mapeamento das áreas de risco”. Segundo o Coronel Acioli, 126 municípios potiguares contam com estrutura de defesa civil. De acordo com o tamanho da cidade, a estrutura pode iniciar com cinco profissionais (técnicos operacionais e coordenadores).
Representante do Governo Federal na semana preparatória dos gestores municipais de defesa civil, a chefe de gabinete da Secretaria Nacional de Defesa Civil, Cristianne Antunes, sabe a importância da oficina para a compreensão do funcionamento do trâmite burocrático para angariar recursos e executar ações. “Nosso enfoque aqui é preparar gestores para emergências. Muitos são novos no cargo e não sabem utilizar as verbas disponibilizadas pelo Governo Federal”. Ela fala sobre o flagelo da seca e garante ter em mãos os pontos problemáticos da região Nordeste.
Dentre os secretários de defesa civil participantes da oficina, o responsável pelo setor em Natal, Urbano Medeiros, tem 30 agentes de segurança patrimonial e duas viaturas para cuidar de uma área de 170 quilômetros quadrados. Com o calçadão de Ponta Negra destruído e comunidades vulneráveis, como a do Jacó, nas Rocas, ele pretende utilizar os planos municipais de Redução de Risco e de Contingência para enfrentar possíveis desastres. “Estamos aqui para somarmos esforços. São 15 instituições, como a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, o Grupamento Ambiental trabalhando de forma integrada para proteger a população”.
Reprodução Cidade News Itaú
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