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quarta-feira, abril 24, 2013

Dois casos de raiva animal são diagnosticados no RN, informa Sesap


Dois casos de de raiva animal foram diagnosticados, entre os dias 18 e 23 deste mês, no Rio Grande do Norte, segundo divulgou a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) nesta quarta-feira (24). Um morcego e um gato passaram por exames, que deram positivos para a doença. Os animais foram encontrados respectivamente em Natal e Lajes, a 125 quilômetros da capital. O último óbito por raiva no RN foi registrado em  2010, informou a Sesap.
O primeiro animal foi diagnosticado na quinta-feira (18). A amostra do morcego chegou através de uma moradora do bairro das Rocas, em Natal, que havia sido agredida pelo animal. Ela procurou atendimento no Hospital Giselda Trigueiro, levando consigo o morcego que foi encaminhado para o Laboratório de Raiva para o exame da Imunofluorescência Direta. O resultado foi positivo e, segundo a subcoordenadora de Vigilância Ambiental (Suvam) da Sesap, Iraci Nestor de Souza, o diagnóstico foi informado ao Centro de Controle de Zoonoses de Natal. “Serão organizadas ações educativas na área da ocorrência”, afirmou Iraci.
Quanto ao caso do gato positivo, em Lajes, a V Unidade Regional de Saúde Pública (Ursap) foi informada e a equipe está providenciando ações de prevenção. De acordo com Iraci Nestor, o envio de amostras para monitoramento da circulação do vírus é muito importante, pois a partir daí são desencadeadas ações de prevenção contra a doença, como a busca ativa por pessoas agredidas e trabalhos educativos.
O último óbito por raiva registrado no RN foi em 2010, cujo transmissor foi um morcego. Na época, o agricultor foi agredido e, por desconhecimento do risco de transmissão da raiva por essa espécie animal, não procurou atendimento médico.
Apesar da letalidade de aproximadamente 100%, a raiva é totalmente prevenível através da aplicação de soro e vacina. "Por isso é essencial que qualquer pessoa que tenha entrado em contato direto, através de mordeduras, arranhaduras ou lambeduras, com animais potencialmente transmissores da raiva, como cães, gatos, morcegos, raposas, saguis, cavalos, procure atendimento médico imediatamente", disse Iraci.
O que fazer em contato com morcegos
Os morcegos são animais noturnos que podem se alimentar de insetos (insetívoros), frutos (frugívoros), néctar (nectarívoros), pequenos animais (carnívoros) e sangue (hematófagos). Esses animais são de grande importância ecológica, pois contribuem no controle de insetos, na polinização de plantas e disseminação de sementes. Por isso são protegidos por lei (Lei Federal nº 9.605/98), não podem ser caçados ou mortos e sua eliminação indiscriminada é um crime contra a natureza.
No Brasil, os morcegos foram os animais transmissores da raiva para humanos em 45% dos casos notificados nos últimos dez anos, sendo o cão ainda o principal transmissor. No Rio Grande do Norte, desde 2005 já foram registrados 108 morcegos positivos para raiva, só em 2010 foram 64. Em 2011 foram 21 e em 2012, 15.
Para a subcoordenadora da Suvam, Iraci Nestor, apesar do morcego registrar um grande potencial para raiva existe ainda desconhecimento da população quanto ao perigo dos morcegos como transmissores. É importante alertar às pessoas de que ao encontrar um morcego suspeito de raiva, ou seja, encontrado morto ou em situações não usuais, caído ou pousado em parede durante o dia, com voos ou incoordenação de movimentos, agressividade ou paralisias, é recomendado não tocar no animal, pois este pode morder para se defender.
“Se ele estiver no chão, coloque um objeto (balde, bacia ou caixa) sobre ele, tomando cuidado para não o manusear; afaste as pessoas e animais do ambiente onde o morcego se instalou e isole o local; não o provoque ou brinque com ele e chame imediatamente o serviço de controle de zoonoses ou a secretaria de saúde de seu município. Caso o morcego não seja suspeito de raiva e esteja voando dentro de casa apague as luzes e abra todas as janelas, pois ele encontrará a saída sozinho”, orientou.

Reprodução Cidade News Itaú

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