O pai do jovem torcedor boliviano Kevin Beltrán Espada, morto em fevereiro por um sinalizador disparado durante a partida de Taça Libertadores entre Corinthians e San José, em Oruro, se disse "indignado" com o fato de que ficará apenas com parte da arrecadação do amistoso entre Brasil e Bolívia organizado neste sábado em homenagem ao seu filho.
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, chegou a afirmar que toda a renda do jogo marcado para este sábado em Santa Cruz de la Sierra seria revertida para a família do jovem de 14 anos.
"A federação boliviana (...) se aproveita da boa vontade do senhor Marin. Estamos indignados e com muita raiva diante desta situação. Estão usando o nome do meu filho para promover o jogo", lamentou Limbert Beltrán, pai de Kevin, em entrevista ao canal local ATB.
De acordo com o jornal El Deber, de Santa Cruz, o presidente da federação boliviana, Carlos Chávez, chegou a declarar que a arrecadação irá para a entidade, que posteriormente definirá o percentual destinado à família da vítima.
O dirigente alegou que parte desta renda será usada para arcar com os custos da organização do evento.
Kevin Beltrán morreu no dia 21 de fevereiro em Oruro, após ser atingido por um sinalizador disparado da parte da arquibancada reservada aos torcedores do Corinthians. Após o incidente, a polícia boliviana deteve 12 torcedores do time paulista, que continuam presos até hoje em Oruro.
A federação boliviana colocou à venda 33.500 ingressos para a partida que será realizada às 16h30 deste sábado (no horário de Brasília) no estádio Tahuichi Aguilera de Santa Cruz, com preços que variam de 70 a 400 bolivianos (de R$ 20 a R$ 120).
A seleção brasileira entrará em campo apenas com jogadores que atuam no país, entre eles estrelas do futebol mundial como Alexandre Pato, Neymar e Ronaldinho Gaúcho, que devem atrair um bom público para este amistoso organizado fora do calendário oficial da Fifa.
Reprodução Cidade News Itaú
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