O governo da Coreia do Sul fez nesta quinta-feira (25) a sua primeira oferta formal de diálogo à Coreia do Norte para resolver o bloqueio do complexo industrial conjunto de Kaesong, mas prometeu tomar "medidas sérias" se não receber uma resposta.
"Enviamos uma oferta oficial à Coreia do Norte para realizar uma reunião de trabalho a fim de debater as maneiras de normalizar o paralisado complexo industrial de Kaesong", explicou o Ministério da Unificação em comunicado.
É a primeira proposta oficial de Seul a Pyongyang para manter conversas, após expressar em várias ocasiões sua vontade de dialogar com o regime de Kim Jong-un para pôr fim ao bloqueio do único projeto intercoreano em vigor.
O Ministério da Unificação sul-coreano ressaltou que Seul não terá outra escolha que a de "tomar medidas sérias" na hipótese de Pyongyang não responder à oferta de diálogo, mas não deu detalhes.
Uma porta-voz da pasta se recusou a dar mais informações, mas informou a manhã de sexta-feira (26) é a data-limite para que a Coreia do Norte se manifeste à oferta.
A proposta de diálogo ao Norte também incluiria, segundo o ministério, "a provisão de ajuda humanitária" aos quase 200 empregados sul-coreanos que permanecem em Kaesong desde que a Coreia do Norte proibiu, no último dia 3, o acesso de trabalhadores da Coreia do Sul ao complexo, e posteriormente retirou os seus trabalhadores em plena tensão regional.
No total, 123 empresas sul-coreanas fabricam diversos produtos no complexo industrial de Kaesong com a mão de obra de aproximadamente 54 mil trabalhadores do Norte.
Reprodução Cidade News Itaú
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