A Coreia do Norte recomendou nesta terça-feira (9) que estrangeiros que vivem na Coreia do Sul se preparem para deixar o país em caso de guerra, segundo a agência estatal de notícias norte-coreana. O alerta é o mais recente capítulo de uma intensa campanha de ameaças e hostilidades que o país comunista mantém desde de março.
"Caso haja guerra, não queremos que estrangeiros que vivem na Coreia do Sul fiquem feridos", informou comunicado transmitido pela agência de notícias "KCNA". O documento recomenda que "todas as organizações internacionais, empresas e turistas se preparem para adotar medidas de evacuação".
O regime de Kim Jong-un já havia aconselhado na última sexta-feira (5) os funcionários das embaixadas estrangeiras em Pyongyang a abandonarem o país antes do dia 10, sob o argumento de uma suposta guerra iminente.
A Coreia do Norte multiplicou as declarações belicosas depois que a ONU adotou novas sanções por supostos testes nucleares realizados pelo país. Também expressou irritação com as manobras militares conjuntas de Estados Unidos e Coreia do Sul em território sul-coreano.
No dia 30 de março, Pyongyang anunciou que se encontrava em "estado de guerra" com a Coreia do Sul, depois de ter rompido todas as comunicações diretas entre os governos e os exércitos dos dois países no dia 27.
A tensão na península é grande desde dezembro, quando o Norte executou com sucesso um lançamento de foguete, considerado pelos Estados Unidos e a Coreia do Sul como um disparo de teste de míssil balístico.
Em fevereiro, Pyongyang executou um terceiro teste nuclear, o que provocou a adoção, no início de março, de novas sanções pelo Conselho de Segurança da ONU.
As tensões militares entre as duas nações aumentaram de maneira dramática nas últimas semanas, quando a Coreia do Norte intensificou a retórica belicista contra a Coreia do Sul e os Estados Unidos.
Em protesto contra as manobras militares conjuntas realizadas por Coreia do Sul e Estados Unidos, o governo do Norte declarou nulo o armistício que interrompeu a guerra da Coreia em 1953 e ameaçou com um "ataque nuclear preventivo" contra alvos sul-coreanos e americanos.
Os governos da Coreia do Sul e Estados Unidos já alertaram Pyongyang sobre as severas repercussões de qualquer agressão.
Reprodução Cidade News Itaú
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