O secretário-geral da Conmebol, o argentino José Luis Meiszner, fez duras críticas nesta quinta-feira à ação policial no jogo entre Atlético-MG e Arsenal de Sarandí, na noite desta quarta, na Arena Independência, em Belo Horizonte.
Após o apito final da partida, que valeu pelo grupo 3 da Taça Libertadores e terminou com vitória por 5 a 2 a favor da equipe da casa, a polícia teve que entrar em campo para escoltar o árbitro. Iniciou-se então, ainda no gramado, uma troca de agressões que se estendeu ao vestiário e na qual até um radialista foi atingido.
"O que a Polícia do Brasil fez ontem à noite aos jogadores do Arsenal é imperdoável e incompreensível, e não se pode repetir. No entanto, nós não podemos garantir, de maneira séria e responsável, que isso não voltará a acontecer, porque temos limitações", disse o dirigente à agência estatal de notícias argentina "Télam".
"O ocorrido ontem no Brasil foi um caso de má aplicação das medidas de segurança, porque o que a Polícia local fez foi um ato antinatural para uma sociedade moderna", completou.
Segundo Meiszner, as punições relacionadas a violência aumentaram em competições da Conmeb ol recentemente e o que aconteceu em Belo Horizonte tem que ser investigado.
"As punições aplicadas nos tribunais agora serão publicadas para que todo mundo saiba do que se trata e são muito severas. Os dois exemplos mais notórios são os castigos ao campeão Corinthians, pelo sinalizador que matou um menino na partida contra o San José, em Oruro, e ao Vélez Sarsfield, depois dos incidentes protagonizados por seus torcedores no estádio Centenário, no jogo contra o Peñarol", lembrou.
A Polícia de Belo Horizonte indiciou oito jogadores do Arsenal, que foram detidos e posteriormente libertados após o pagamento de multa, feito através de um empréstimo junto ao Atlético.
Eles foram condenados a pagar uma multa de R$ 38 mil ao Ministério Público, dos quais R$ 26 mil serão destinados a instituições de caridade, e os outros R$ 12 mil serão divididos entre dois policiais agredidos e um jornalista atingido por uma cadeira. A tenente-coronel Cláudia Romualdo, que foi alvo de agressão do meia Iván Marcone, não pediu sanção ao jogador.
Os atletas foram acusados de desacato à autoridade, lesões corporais e danos ao patrimônio, esta última devido a um quebra-quebra ocorrido no vestiário.
Reprodução Cidade News Itaú
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