O líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, afirmou nesta quinta-feira (25) que impugnará as eleições de 14 de abril, nas quais foi derrotado pelo chavista Nicolás Maduro por pequena margem de votos, e assegurou que o país foi enganado com a oferta de um processo de auditoria.
"O passo seguinte é a impugnação, que precisa ocorrer nos próximos dias. Vamos impugnar as eleições com todas as provas, com todos os elementos que já temos", disse Capriles em entrevista ao canal de TV Globovisión, estimando que o processo pode levar a uma repetição das eleições.
"Não vamos aceitar uma auditoria incompleta ou imperfeita. Solicitamos ao CNE até hoje. Esperamos e não vamos esperar mais, os senhores assumiram um compromisso e eu também assumi um compromisso com os venezuelanos", afirmou Capriles.
Capriles, que denunciou irregularidades após a votação e exigiu uma auditoria, deu na quarta-feira um ultimato ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) até esta quinta para o início da recontagem dos votos, anunciada oficialmente há uma semana pelas autoridades.
"Não vamos perder os passos que estabelecem as leis. O próximo é impugnar judicialmente estas eleições, apesar de não haver expectativa sobre uma resposta favorável do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ)", disse Capriles, que não acredita na independência da justiça venezuelana em relação ao governo.
"Tudo o que mostrei hoje vai terminar percorrendo o mundo e, cedo ou tarde, nosso país terá uma nova eleição", afirmou o líder opositor, derrotado por Maduro por uma margem de 265 mil votos.
Capriles reafirmou supostas as irregularidades ocorridas durante as eleições, que poderiam ser demonstradas em uma auditoria, prometida pelo CNE e que deveria ser iniciada esta semana.
Entre as irregularidades denunciadas pela oposição estão votos emitidos por pessoas já falecidas e eleitores que votaram mais de uma vez.
Uma pesquisa realizada no sábado pelo instituto Datanálisis revelou que 70% dos venezuelanos apoiam uma recontagem dos votos.
Oito pessoas morreram e cerca de 70 ficaram feridas nos conflitos após a eleição entre apoiadores de Maduro e seguidores de Henrique Capriles, que exige a recontagem dos votos que deram a vitória ao candidato chavista. A vitória de Maduro foi por uma margem de 1,8 pontos percentuais. (Com agências internacionais)
Reprodução Cidade News Itaú
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!