O Vaticano confirmou nesta quinta-feira (14) que o nome oficial escolhido pelo novo papa, o cardeal argentino Jorge Bergoglio, é Francisco, sem o 1º. Ontem, o site e o Twitter do Vaticano chegaram a divulgar que o papa chamava-se Francisco 1º, mas hoje o jornal L'Osservatore Romano (Observatório Romano, publicação oficial do país) publicou a notícia da escolha do papa com o nome Francisco.
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, também confirmou hoje o nome do pontífice. "Chama-se Francisco, e não Francisco 1º. Só Francisco", disse.
"Isto porque não existe um papa Francisco 2º", explicou Lombardi. Se em algum momento houver um Francisco 2º ou Francisco 3º e assim sucessivamente, então o atual pontífice passaria para a história como Francisco 1º.
Escolha do nome
A escolha do nome pelo cardeal eleito sumo pontífice é pessoal. O novo nome é anunciado imediatamente após o anúncio de que há novo papa.
O cardeal argentino Bergoglio será o primeiro papa Francisco. Segundo o cardeal americano Timothy Dolan, o novo pontífice adotou o nome de Francisco em homenagem a São Francisco de Assis por "sua simplicidade e dedicação aos pobres".
Com escolha de nome, papa Francisco cria expectativas sobre a renovação da igreja, como aponta o padre José Arnaldo Juliano, pesquisador em História da Igreja Católica e coordenador do museu de Arte Sacra de São Paulo, ao comparar o perfil do mais novo papa ao frade católico que ficou conhecido, entre outras coisas, por renovar o catolicismo.
Mas religiosos que acompanham o Colégio de Cardeais, do qual Bergoglio faz parte, dizem que a escolha refere-se a São Francisco Xavier.
O papa Francisco é da Ordem Companhia de Jesus, também conhecida como jesuíta, que foi co-fundada no século 16 por São Francisco Xavier e passou a ser conhecida por suas ações missionárias, de pesquisas e educação. Os jesuítas defenderam as primeiras reformas da Igreja Católica Apostólica Romana, e na chegada dos portugueses ao Brasil atuaram na catequese dos indígenas.
Segundo a história do santo, nas missões como evangelizador e missionário, ele conquistou a conversão de várias pessoas ao cristianismo.
De acordo com a história, Francisco Xavier morreu humildemente sobre uma esteira segurando a cruz de madeira – o símbolo dos jesuítas. Por isso, a simplicidade, a proximidade com a população e a busca pela compreensão e pelo respeito à cultura local são marcas desse tipo de religioso.
Ontem, ao ser apresentado aos fiéis, o papa usou a cruz de madeira e evocou os princípios históricos dos jesuítas, ressaltando que uma das tarefas da Igreja é evangelizar. A afirmação ocorre no momento em que o número de católicos sofre redução em países nos quais sempre predominou, como o Brasil. (Com Agência Brasil)
Reprodução Cidade News Itaú
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