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quinta-feira, março 07, 2013

Um dia após morte de Chávez, Caracas tem multidão em cortejo e cara de domingo



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Morte de Hugo Chávez69 fotos

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6.mar.2013 - Multidão cerca o caixão do presidente Hugo Chávez, na saída do cortejo fúnebre, em Caracas, em reprodução de imagem da TV "Telesur". O mandatário venezuelano morreu na terça-feira (5), aos 58 anos, vítima de um câncer na região pélvica. O cortejo saiu do Hospital militar de Caracas, onde Chávez morreu na terça-feira (5), e irá até a Academia Militar Leia mais Reprodução/AFP



No dia seguinte à morte do presidente venezuelano, Hugo Chávez, nesta terça-feira (5), a capital Caracas vive uma quarta-feira com cara de fim de semana, mas marcada por um cortejo fúnebre que reuniu milhares de pessoas.

"Parece domingo, está tudo fechado", disse o taxista Victor Manuel Jaimes, 63. Enquanto milhares de pessoas participavam do cortejo do corpo de Chávez, o comércio das ruas de Caracas passou o dia todo fechado. Andando pela cidade, é possível ver dezenas de chavistas andando pelas ruas do centro, muitos em motocicletas, vestindo camisetas vermelhas, a cor do partido de Chávez, e segurando bandeiras da Venezuela.

Ferrenho defensor de Chávez, o taxista disse que o presidente morto deixou um legado ao país que precisa ser mantido pelo povo venezuelano e pelo vice-presidente Nicolás Maduro, que assumiu interinamente o país até a realização de novas eleições.

"Vai passar mil anos até que venha outro homem como Chávez", lamenta Jaimes.

Cortejo
O cortejo fúnebre saiu hoje do hospital militar de Caracas e chegou à Academia Militar por volta das 19h (no horário de Brasília), onde o corpo será velado até sexta-feira (8), na presença de familiares, dirigentes e milhares de seguidores que choravam a morte de seu chefe de Estado.

Uma missa foi celebrada no salão da academia, por volta das 20h. Envolvido na bandeira da Venezuela, o caixão foi levado do hospital por membros da Guarda de Honra e posteriormente colocado em um carro fúnebre acompanhado por militares, seguidores e familiares, entre eles a mãe do presidente, Elena de Chávez.

Milhares de pessoas se amontoaram ao lado do veículo que transportou o caixão, coroado com flores amarelas e brancas e protegido por integrantes da Guarda Honra Presidencial, e que fez um percurso de 6,3 km antes de chegar à Academia Militar.

Durante o cortejo, apoiadores de Chávez gritaram as palavras de ordem "Chávez ao Panteão", num pedido para que os restos mortais do presidente sejam sepultados no Panteão Nacional, mausoléu destinado a personalidades ilustres da Venezuela. O local abriga os restos mortais de Simón Bolívar, herói da idependência do país.

Velório
O corpo do presidente será velado por três dias na Academia Militar. O enterro deverá ocorrer na sexta-feira (8), mas o governo não divulgou ainda o local do sepultamento.

As homenagens a Chávez começaram durante a manhã com 21 tiros de canhão disparados em todas as unidades militares da Venezuela.

Ele disse ainda que canhões serão disparados a cada hora em todo o país até o dia do enterro de Hugo Chávez.

O chanceler da Venezuela, Elías Jaua, explicou, em pronunciamento transmitido pela TV, que a academia foi o local escolhido para a despedida por ser "o berço da revolução bolivariana" e "o lugar onde nasceu o presidente Chávez", como o próprio chefe de Estado manifestara.

Jaua indicou que a transferência será "acompanhada por todo o povo" e passará, entre outros locais, pela avenida dos Próceres, no oeste da cidade, cenário de diversos desfiles militares.

Morte
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, morreu aos 58 anos nesta terça-feira (5), vítima de um câncer na região pélvica, com o qual convivia há um ano e meio.

Desde que sua enfermidade foi diagnosticada, em junho de 2011, Chávez passava longos períodos em Cuba, onde tratava a doença.

O anúncio oficial da morte de Chávez foi feito por volta das 17h25 no horário local (18h55 no horário de Brasília) pelo vice-presidente venezuelano Nicolás Maduro. No mesmo pronunciamento, Maduro confirmou que Chávez morreu às 16h25 (17h55h no horário de Brasília). (Com agências internacionais)

Reprodução Cidade News Itaú

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