quinta-feira, março 14, 2013

Sinte volta a criticar gestão da governadora Rosalba Ciarlini


Em ato público no Alecrim, professores apresentaram problemas da rede estadual. Foto: Heracles Dantas
Em ato público no Alecrim, professores apresentaram problemas da rede estadual. Foto: Heracles Dantas
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte/RN) voltou a reunir a categoria de professores e funcionários da educação estadual em um momento considerado como “parada de advertência” contra o Governo do Estado. “Governadora, não leve a categoria à greve. Negociação já!”, dizia a frase exposta durante ato político realizado na manhã desta quinta-feira, na Praça Gentil Ferreira, no Alecrim. A pauta de reivindicações do sindicato foi entregue à chefe de gabinete do Gabinete Civil, Elisângela Janine Silva, no último dia 4 deste mês.

Dentre os problemas apresentados no ato, os manifestantes colocaram a realidade das escolas em discussão, pontuando situações incapazes de sustentar a educação de qualidade. “Como sempre, nós queremos sensibilizar os governantes para que a qualidade de ensino seja alavancada nas escolas da rede estadual. Os filhos dos gestores não estudam em escola pública, por isso eles não sabem da realidade”, disse Sérgio Ricardo, um dos sindicalistas que falaram à população que trafegava pelo bairro do Alecrim.

As críticas apresentadas foram de encontro com a campanha que vem sendo veiculada na imprensa, a qual demonstra o trabalho desenvolvido pelo governo e pela Secretaria de Estado da Educação. No vídeo promocional, o Estado divulga que quase 170 escolas estaduais já foram reformadas nesses dois primeiros anos de gestão. “Onde está essa reforma? As escolas estão, em sua maioria, depredadas”, disse Sérgio.

O professor Leonardo Sinedino, educador na Escola Estadual Alfredo Pegado, em Mãe Luíza, relatou a situação em que mais de 400 alunos estudam diariamente. “Nós não temos coordenação pedagógica, os problemas na estrutura física são visíveis, os alunos não têm uma área onde possam brincar, a merenda é sebosa e falta até água”, disse. Segundo Leonardo, que não é sindicalizado, a escola sequer passou por uma reunião pedagógica antes de iniciar o ano letivo.

Reajuste salarial

O diretor de Organização do Sinte, Francisco de Assis Silva, disse que o Governo do Estado não concedeu reajuste salarial à categoria. Segundo ele, os 76% que o governo apresenta como reajuste nos últimos anos nada mais é do que a “correção do Piso Salarial Nacional”. “Ou seja, não houve reajuste. Se o governo tivesse apresentado um salário maior que o Piso, até poderia alegar o reajuste. Mas eles apenas corrigiram”, afirmou.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Educação realizará uma paralisação em todo o Brasil, prevista para acontecer entre os dias 23 e 25 de abril. No estado, o Sinte realizará uma assembleia no dia 26 de março, onde serão definidos os rumos do movimento no RN.  “Vamos avaliar o quadro geral do estado e aquilo que o governo está apresentando na mídia – mas que não apresentou oficialmente à categoria – e, assim, ponderar como será a repercussão da paralisação nacional no estado”.

Reprodução Cidade News Itaú

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