Sem quatro titulares, Atlético vence Nacional e segue na cola do rival

Nacional-MG

1

x

3

Atlético-MG

Em casa, apesar de jogar na atual sede do adversário, por causa da torcida quase toda a seu favor e com um jogador a mais desde os 11 minutos do primeiro tempo, o Atlético-MG teve dificuldades, mas venceu o Nacional, por 3 a 1, na noite deste domingo, no Estádio Bernardo Rubinger Queiroz, em Patos de Minas. Sem Ronaldinho Gaúcho e outros três titulares, o alvinegro mineiro não teve vida fácil, mas quebrou a invencibilidade do oponente, no Estadual, como mandante.

Os gols saíram no segundo tempo. Guilherme, que havia acabado de entrar, marcou para o Atlético-MG, aos 2 min, enquanto Marcinho, outro que entrou começo da etapa final, teve participação direta no empate do Nacional, marcado por Caleb, aos 12 min. O titular Bernard desempatou, aos 34 min e Alecsandro fez o terceiro, aos 48 mil. Com o triunfo, o 10º seguido na temporada, o Atlético-MG chegou a 18 pontos, seguindo na cola do rival Cruzeiro, líder do certame, que tem um a mais.

Sem Ronaldinho e com Luan, o torcedor atleticano da região de Patos de Minas, que lotou o estádio, viu o primeiro jogo como titulares dos irmãos Richarlyson e Alecsandro, desde que o atacante foi contratado no início da temporada. “O Lela está feliz, mas o mais importante é a gente ganhar os três pontos”, afirmou Richarlyson, referindo-se ao pai. “A experiência conta um pouquinho, dá um friozinho na barriga, que vai desaparecer quando o juiz apitar”, disse Alecsandro. Os dois tiveram atuações discretas.

O Atlético-MG entrou em campo sem quatro titulares, que foram poupados, por causa do desgaste de se disputar duas competições – Campeonato Mineiro e a Libertadores. Dessa forma, os laterais Marcos Rocha e Júnior César, o meia Ronaldinho Gaúcho e o atacante Jô não atuaram. Carlos César, Richarlyson, Luan e Alecsandro começaram o jogo. Guilherme, que havia substituído Ronaldinho na goleada sobre o América, por 5 a 2, há uma semana, ficou no banco, jogando todo o segundo tempo.

Com apenas 11 minutos de jogo, o Nacional ficou com um jogador a menos, em razão da expulsão de Kanu, por entrada por trás em Bernard, que lhe rendeu o vermelho direto. Três minutos depois, o Atlético-MG teve a primeira grande chance de abrir o marcador, quando Diego Tardelli completou, de primeira, passe de Luan. A bola bateu no travessão. Aos 16 min, Richarlyson cruza da esquerda, buscando o irmão Alecsandro, mas o marcador toca para trás, obrigando a difícil defesa de Rodrigo Posso.

Para Diego Tardelli, o jogo ficou até mais difícil para o Atlético-MG após a expulsão de Kanu. “Com um jogador a menos, eles ficaram mais fechados ainda, dificultando para nós, que estamos tentando achar os espaços”, comentou. “Temos que tocar mais a bola, ter mais paciência, que o gol vai sair”, acrescentou. Já o experiente lateral direito Luizinho, do Nacional, disse que após a expulsão do seu companheiro, a equipe “não conseguiu nem chegar ao gol adversário”.

Aos poucos, o Atlético-MG tomou controle do jogo, pressionando o adversário, empurrado por seus torcedores do Alto do Paranaíba. Aos 26 min, Diego Tardelli deu bom passe a Bernard, que finalizou forte, sobre o goleiro Rodrigo Posso. O alvinegro mineiro não desistiu e seguiu atacando, buscando a velocidade com os baixinhos Luan e Bernard, municiados quase sempre por Tardelli, que na ausência de Ronaldinho Gaúcho assumiu a função de comandante da equipe em campo.

Os 15 minutos finais do tempo inicial ficaram monótonos, com o Atlético-MG tocando a bola, lentamente, tentando abrir espaços no adversário, que fez um forte bloqueio defensivo. O Nacional, com um jogador a menos, deixava apenas o ex-atleticano Vanderlei à frente, disputando as bolas contra Leonardo Silva e Réver. As exceções foram aos 34 min, quando Leandro Donizete arriscou chute forte, e aos 46 min com chute de Alecsandro, ambos bem defendidos por Rodrigo Posso.

Os dois times voltaram com mudanças na equipe. Cuca tirou Luan e colocou Guilherme para ajudar Tardelli na tarefa de armas os ataques atleticanos. Já Alexandre Grasseli, substituiu o centroavante Vanderlei por Marcinho, para tentar explorar a velocidade desse jogador. E logo aos 2 min, Guilherme finalizou bem para fazer o seu primeiro gol no Mineiro e colocar o time atleticano em vantagem.

Mas, se Guilherme, que entrou fez o gol atleticano, Marcinho também participou do empate do Nacional. Ele tentou duas vezes, só não fazendo o gol por causa de Victor, mas rolou depois para Caleb colocar a bola nas redes e fazer o seu terceiro gol no Estadual. Após sofrer o empate, Cuca promoveu as estreias do meia Morais e do lateral direito Michel, nas vagas de Leandro Donizete e Carlos César. Mesmo sem muita inspiração, o Atlético-MG fez 2 a 1, por intermédio de Bernard, aos 34 min e Alecsandro, aos 48 min fez o terceiro e comemorou com uma chupeta, homenageando o segundo filho, Nicholas, que nascerá nesta segunda-feira.

Boa Esporte respira

No confronto entre desesperados, no Estádio Melão, em Varginha, no final da tarde deste domingo, o Boa Esporte fez prevalecer o mando de campo e quebrou série de quatro derrotas seguidas, ao vencer o Araxá, por 1 a 0, em segundo triunfo no Estadual e chegando a sete pontos.

O Araxá, por sua vê, sofreu sua sexta derrota consecutiva, permanecendo com três pontos, em penúltimo lugar e muito ameaçado pelo rebaixamento. O gol da vitória do Boa Esporte, que o fez passar para a oitava posição, foi marcado por Betinho, aos 32 min do primeiro tempo. O América-TO, que perdeu no sábado, para o Tupi, por 2 a 1, segue na lanterna. No outro jogo de sábado, o Villa Nova bateu o Tombense, fora de casa, por 1 a 0, e chegou a 15 pontos.

Reprodução Cidade News Itaú