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sexta-feira, março 08, 2013

Segunda Guerra da Coreia é inevitável, afirma governo norte-coreano


A Coreia do Norte considera inevitável uma Segunda Guerra da Coreia, de acordo com nota da agência estatal KCNA.  O país adotou essa portura após a manutenção das atividades militares entre EUA e Coreia do Sul e a renovação das sanções que o Conselho de Segurança impôs à nação comunista nesta quinta-feira (07/03).

Um porta-voz do Ministério do Exterior emitiu declaração dizendo que os EUA estão se esforçando para provocar uma guerra nuclear ao reprimir a Coreia do Norte – para assim “controlar a península coreana inteira e assegurar um porto seguro enquanto avança na Eurásia“. Um comício foi organizado na Praça Kim Il-Sung com cidadãos, militares e oficias do governo, chegando a 100 mil pessoas, segundo a agência.

Além disso, o país confirmou que está encerrando todos os pactos de não agressão e de desarmamento nuclear que tem com o vizinho do sul e que vai fechar a fronteira entre os dois países, sublinhando que responderá com “retaliações esmagadoras".

A medida do governo comunista é uma resposta à resolução 2.094 do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), que estabelece sanções ao país.



A resolução atinge diplomatas norte-coreanos, transferências de dinheiro e acesso a bens de luxo. As sanções também incluem congelamento de ativos e proibição de viagens internacionais envolvendo três indivíduos e duas companhias ligadas às Forças Armadas norte-coreanas.

A ação punitiva da ONU se deu em resposta a um teste nuclear feito pelos norte-coreanos em 12 de fevereiro deste ano.

 A Coreia do Norte informou também que os exercícios militares conjuntos feitos pelos Estados Unidos representam uma preparação para um ataque nuclear preventivo contra o país.

As manobras militares conjuntas de Coreia do Sul e Estados Unidos, chamadas de “Foal Eagle”, foram iniciadas na região em 1º de março e irão até 30 de abril, com 10 mil tropas dos EUA e 200 mil da Coreia do Sul. A próxima ação militar, chamada de “Key Resolve”, envolverá 10 mil tropas sul-coreanas e 3.500 norte-americanas e treinará prontidão de defesa.

Apesar de Seul creditar as operações como anuais e defensivas, Pyongyang as denuncia como “uma ação irresponsável e perigosa” que desestabilizará ainda mais a situação. Em nota da KCNA, um trabalhador dos correios, Pak Um Gyong, diz que “os inimigos nunca conseguem esconder a verdade de um ato criminal imperdoável de trazer o perigo de uma guerra nuclear”.

O apoio da China às últimas decisões do Conselho de Segurança são vistas com ceticismo por alguns especialistas. Marcus Noland, do Instituto Peterson para Economia Internacional, disse a The Guardian que “se o governo chinês realmente escolhesse forçar a resolução 2094, poderia interromper, se não finalizar, as atividades de proliferação nuclear da Coreia do Norte. Infelizmente, porém, se comportamentos anteriores servem de guia, isso é improvável de acontecer“. O embaixador chinês na ONU, Li Baodong, disse a repórteres que Pequim desejava “completa implementação“ da resolução.

Reprodução Cidade News Itaú

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